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Sting: sem dom para as rimas | Arquivo Gazeta do Povo
Sting: sem dom para as rimas| Foto: Arquivo Gazeta do Povo

Os proprietários da empresa Casquinha Eventos foram indiciados, nesta quarta-feira (17), pelo crime de homicídio culposo (sem a intenção de matar) e por lesão corporal culposa, pelo acidente que aconteceu no dia 16 de setembro durante uma festa de confraternização promovida por funcionários da empresa Siemens, na Cidade Industrial de Curitiba (CIC). Um castelinho de ar foi arremessado cerca de 30 metros e duas crianças morreram. Outras nove pessoas ficaram feridas.

O delegado do 3º Distrito, Carlos Alberto dos Santos Castanheiro, concedeu uma entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (17) e explicou os motivos do indiciamento de Glécio Mussi Vilar, de 52 anos, sócio-proprietário da Casquinha Eventos, e de Ocimar Rodrigues, 36, gerente da empresa que alugou os brinquedos infláveis para a festa na Siemens.

"Nós entendemos que houve negligência por parte dos donos da empresa, pois o fabricante dos brinquedos orienta que seja feita a fixação dos brinquedos quando são colocados em local aberto, o que não ocorreu. Por isso resolvemos indiciá-los", afirmou o delegado Castanheiro, em entrevista à Rádio CBN.

Uma carta enviada pelo fabricante do brinquedo foi um dos fatores determinantes para o indiciamento dos proprietários da Casquinha Eventos. No documento há a orientação para os clientes prenderem os aparelhos no chão, quando forem utilizados em locais abertos. O delegado Castanheiro não pediu a prisão dos proprietários da empresa.

Defesa

De acordo com o advogado Rafael Canzan, que defende os proprietários da Casquinha Eventos, não existe nenhuma regulamentação quanto à utilização de brinquedos infláveis. "Presumiu-se que era necessária a fixação dos brinquedos depois de uma palavra (a carta enviada para a polícia) de um representante do fabricante dos brinquedos", explicou Canzan.

Segundo o advogado, em nenhum momento do inquérito policial foi anexado algum documento que previa a fixação dos brinquedos. "Não foi apresentado nenhum manual do brinquedo, afirmando que era necessário fazer a amarração e como deveria ser feita essa fixação. Agora vai caber ao Ministério Público determinar se o acidente era previsível e que se houvessem estacas prendendo o brinquedo isso impediria o acidente", definiu o advogado.

Com o inquérito policial concluído, caberá ao MP decidir se há elementos necessários para oferecer denúncia contra os proprietários da Casquinha.

Acidente

Durante a festa de confraternização, de acordo com relatos de testemunhas que participaram do evento, um castelinho de ar foi arremessado a uma distância de aproximadamente 30 metros para frente do local em que estava, derrubando no chão algumas das crianças que brincavam dentro dele. Duas morreram na hora.

Além do castelinho de ar, testemunhas afirmaram que um touro mecânico se deslocou pelo vento e atingiu alguns adultos que estavam no local.

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