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Foi preciso de duas horas para que os vereadores que participam da CPI do transporte coletivo de Curitiba conseguissem arrancar a primeira informação relevante da sessão: o prejuízo acumulado pelas empresas durante os 32 meses de concessão do serviço é de R$ 26 milhões. A informação foi dada por Valmir Monbach, assessor técnico para finanças e contabilidade do Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), depois de horas de respostas evasivas.

A sessão durou toda a manhã e ocupou mais um período da tarde, sem avançar muito. Houve pouco detalhamento das informações financeiras, apesar dos questionamentos dos vereadores. Só depois de muita insistência, Monbach detalhou os valores de prejuízo de cada um dos lotes que opera as linhas urbanas do transporte coletivo de Curitiba. O consórcio Pontual teve prejuízo de R$ 6,24 milhões, o Transbus de R$ 4,409 milhões e o Pioneiro amargou as perdas de R$ 15,491 milhões.

Incongruências

O Setransp entregou cerca de seis volumes, com duas mil páginas de balancetes e demonstrativos financeiros que serão analisados pelos vereadores. Numa rápida olhada, os legisladores encontraram algumas incongruências. Um caso é o da Viação Tamandaré, que gastou R$ 39 mil com serviços de táxi aéreo. Em outras empresas, foi verificada a compra de imóveis, além da concessão de empréstimos pelas empresas para os próprios sócios ou para terceiros.

Na próxima segunda-feira, os vereadores vão fazer uma reunião administrativa para definir o calendário da CPI. A expectativa é que os próximos depoentes sejam os responsáveis pela área contábil e financeira da Urbs.

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