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Em quatro das cinco principais cidades do interior do Paraná, os contratos entre empresas que controlam radares e os municípios estão sendo investigados pelas Câmaras Municipais. Em Londrina, Ponta Grossa, Maringá e Cascavel, vereadores enviaram requerimentos pedindo informações sobre as licitações. Apenas em Foz do Iguaçu não há, até o momento, nenhum procedimento investigativo.

Maringá contratou os serviços da Dataprom. Diante das denúncias do Fantástico, o vereador Mário Verri (PT) pediu informações sobre o contrato. No entanto, o diretor de engenharia de tráfego da Secretaria Municipal dos Transportes (Setran), Gilberto Purpur, garante que não houve problema no processo de concorrência. "A licitação aconteceu para adquirir a parte eletrônica dos semáforos. Maringá não adquiriu equipamentos de fiscalização de nenhuma das empresas suspeitas", afirma. A Dataprom foi a única participante na licitação (por registro de preços) e comercializou 20 controladores semafóricos pelo valor de R$ 248 mil.

Em Ponta Grossa, a Koop Tec­no­logia, outra citada na reportagem do Fantástico, ganhou licitação em 2008 e opera quatro dois oito radares existentes na cidade. "Se a empresa se envolveu em alguma ilicitude não foi aqui", diz o presidente da Autarquia Muni­cipal de Trânsito, Edimir José de Paula. Mesmo assim, o vereador George de Oliveira (PMN) protocolou na prefeitura um pedido de suspensão imediata do funcionamento dos radares, até que o contrato com a empresa seja investigado.

Em Cascavel, os vereadores Otto Reis (PDT) e Paulo Tonin (PP) solicitaram esclarecimentos sobre o sistema. "Não conheço o contrato, por isso tenho dúvidas sobre o processo", afirma Tonin. A cidade aderiu ao sistema de fiscalização em janeiro deste ano, com a empresa Fiscal Tech, instalando 20 radares fixos e 25 fotossensores – os chamados furões – que flagram avanço de sinal.

Segundo Jorge Lange, presidente da Companhia de Engenharia de Transporte e Trânsito de Cascavel, apenas duas empresas concorreram: a Fiscal Tech e a En­­ge­­brás. "Algumas empresas citadas na reportagem chegaram a retirar o edital, tentaram impugnar o processo, mas não participaram da licitação", conta.

Em Londrina, o vereador Joel Garcia (PTN) solicitou à Companhia de Trânsito e Urbanização uma cópia dos contratos com a empresa Eletrosinal, que forneceu os 25 equipamentos de vídeo-vigia.

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