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Brasília – O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Mílton Zuanazzi, anunciou que vai ser apresentada uma proposta de resolução exigindo que as empresas aéreas criem planos de contingência para serem acionados quando houver problemas de atraso de vôos. O plano de contingência incluiria, por exemplo, segundo Zuanazzi, aeronaves extras, para evitar o que ocorreu nas festas de fim de ano nos aeroportos do país.

Zuanazzi lembrou que os principais problemas que ocorreram nos últimos meses no setor aéreo foram exatamente por "falta de reserva". "Em todos os pontos do sistema precisa ter reserva. Por exemplo, não tinha reserva de controladores, não tinha reserva de equipamentos, não tinha reserva de aeronaves e o sistema estava muito perto do limite. O que significa que qualquer tipo de problema gera um efeito dominó que precisa de 24 ou 48 horas para que seja resolvido", disse Zuanazzi.

Natal

Ele chegou a admitir que durante o Natal alguns dos problemas foram excesso de vôos charter e overbooking. Mas insistiu que como o sistema estava no limite qualquer problema desencadearia a crise no setor.

"A Agência Nacional não vai deixar de tomar as atitudes que tem de tomar. O setor viveu momentos de dificuldades, mas as expectativas são promissoras. Realizaremos um monitoramento pleno, para não termos novos problemas", afirmou.

Zuanazzi diz não acreditar que os usuários enfrentarão problemas de novos atrasos no retorno das férias, no fim de janeiro, no carnaval e nos próximos feriados.

Segundo a diretora da Anac Denise Abreu, a proposta de se criar um plano de contingência no setor já vinha sendo discutida pelo órgão com as companhias antes da crise ocorrida no fim do ano, e deve formalizada até fevereiro.

A previsão da agência é a de que o plano esteja em funcionamento no prazo de seis meses.

Para facilitar o monitoramento das reservas de passagens das companhias, a Anac pretende manter acesso online aos sistemas das empresas, de forma que ela possa com agilidade acessar as informações a qualquer momento.

Questionada se a medida não significaria uma intervenção do órgão regulador nas empresas, Denise Abreu afirmou que "monitorar não é intervir".

Segundo Zuanazzi, depois de oito meses enfrentando problemas e crises na aviação Civil (desde a sua criação no fim de março do ano passado), a agência deverá dedicar seus esforços em 2007 ao aperfeiçoamento e atualização de regras do setor, tirando inclusive aspectos militares das regras, hoje sob competência civil.

Para aprofundar a investigação sobre possíveis irregularidades praticadas pela TAM no fim do ano, a agência decidiu fazer uma auditoria na empresa, que deverá apresentar seus primeiros resultados no prazo de 30 dias.

Interatividade

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