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Os estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná (Cefet-PR) – atual Universidade Tecnológica Federal do Paraná – obtiveram o melhor desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2005, entre as escolas que tiveram alunos avaliados em Curitiba. Com uma pontuação de 72, numa escala que vai de 0 a 100, o Cefet-PR ficou bem acima da média nacional, que é de 43,85, e ocupou a sexta posição entre as melhores escolas das capitais brasileiras.

Além do Cefet, outra escola pública federal integra a lista das melhores de Curitiba. A Escola Técnica da Universidade Federal do Paraná ficou em sétimo lugar no ranking, com 64,45 pontos. As demais que figuram na lista com as melhores notas são particulares, exceto o Colégio Militar de Curitiba – que possui uma administração mista, por não oferecer um ensino totalmente gratuito.

A notícia do melhor desempenho foi recebida em meio à euforia e aplausos pelos alunos do Cefet-PR ontem à tarde, em Curitiba. A coordenadora do Ensino Médio do Cefet Curitiba, Enilde Martins, ressaltou que os alunos da instituição também se saíram muito bem no último vestibular mais concorrido do estado, o da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Dos 170 formandos, 131 foram aprovados e 7 se colocaram entre os primeiros lugares. "Foi um conjunto de fatores que nos levou a este resultado."

Já entre as dez escolas que registraram as menores notas no Enem de 2005, nove são públicas e estaduais. O pior desempenho ficou para o Colégio Nossa Senhora Aparecida, com 37,36 pontos, seguido pelo Colégio Maria Montessorio, com 37,98. Nesta análise aparece apenas uma escola particular, a Sociedade Educacional Curitiba, em nono lugar, com 39,22.

Leitura

Para a chefe do Departamento de Ensino Médio da Secretaria Estadual de Educação, Mary Lane Hutner, uma avaliação baseada somente no desempenho dos alunos não é suficiente para se fazer uma leitura completa da instituição. "Não justifica e é claro que comparando com as escolas particulares, a gente ainda está muito aquém e precisa buscar, dentro das políticas educacionais, fortalecer este nível de ensino que vem crescendo em número de matrículas a cada ano", disse.

Apesar de não conseguir detalhar em números, Mary disse que os investimentos por parte do estado em políticas educacionais aumentaram consideravelmente nos últimos três anos e ressalta que até então havia falta de recursos por parte do governo federal. "Só agora que o ensino médio passará a receber recursos federais, com a implantação do Fundeb (Fundo Nacional da Educação Básica), porque passou a fazer parte da educação básica", disse.

O ranking

O levantamento dos melhores e piores desempenhos foi feito com base no banco de dados do Instituto de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Ministério da Educação (MEC). Esta é a primeira vez, em oito edições do Enem, que estão disponíveis as médias dos participantes concluintes do ensino médio. A consulta do desempenho obtido pelas instituições, separadas por estados ou municípios, pode ser feita no site do Inep (www.inep.gov.br).

Lá estão disponíveis quatro tipos de médias – duas simples, das relacionadas às provas objetivas e da prova objetiva mais redação, e outras duas com uma correção de participação. "É como se a gente simulasse quanto seria a nota se 100% dos alunos daquela escola tivessem feito o exame." O Enem é uma exame de participação voluntária e por isso há diferença no número de participantes em cada instituição.

O objetivo de tornar público estes resultados, segundo explicou a assessora da presidência do Inep, Fabiana Felício, é permitir que a comunidade possa julgar e até mesmo fazer as suas escolhas, baseadas no resultado de cada instituição. Mas Fabiana acredita que é complicado colocar num ranking estas médias, principalmente porque se referem aos desempenhos dos alunos. "Não tem sentido você comparar uma escola de periferia com uma de elite. São muito diferentes. Só é útil para a comunidade comparar escolas parecidas", disse.

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