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Mercadante anunciou mudanças na forma de correção | Marcello Casal Jr./ABr
Mercadante anunciou mudanças na forma de correção| Foto: Marcello Casal Jr./ABr

Diante da repercussão negativa de redações que continham de receita de macarrão instantâneo a hino de time de futebol, o Ministério da Educação (MEC) decidiu aumentar o rigor na análise dos textos para a próxima edição do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Segundo o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, as mudanças foram implantadas porque as regras aplicadas anteriormente não mostraram resultado satisfatório. "Estamos partindo desses casos específicos para aprimorar ainda mais a correção", disse.

Nos últimos meses, o MEC foi confrontado com a divulgação nas redes sociais de redações com deboche de alunos. Uma delas, com a citação do hino do Palmeiras, ganhou nota 500 (de um total de mil possíveis). Em outra, um estudante detalhou a receita de preparação de miojo – o tema da redação se voltava para a questão de fluxos migratórios. Agora, com os novos critérios de correção, as duas redações ganhariam nota zero. O edital da próxima edição do Enem, que será publicado hoje no Diário Oficial da União, prevê que serão anuladas redações que apresentem "parte do texto deliberadamente desconectada com o tema proposto".

Outra mudança se refere a uma das cinco competências avaliadas na redação – o domínio da língua portuguesa. A partir de agora serão aceitos apenas desvios gramaticais excepcionais e que não caracterizem reincidência. Antes, eram permitidos "escassos" desvios. "A banca vai examinar a natureza dessa excepcionalidade, se é um desvio compatível com a nota máxima. A regra é clara, mas a interpretação do juiz nem sempre é um consenso. Tem um grau que compete à banca, não tem como prever o grau que será aceito ou não", disse.

O MEC também decidiu diminuir de 200 para 100 a nota de discrepância que leva as redações para um terceiro corretor. Atualmente, todas as redações do Enem são submetidas a dois corretores independentes – na última edição, quando a diferença de notas era superior a 200 pontos, o texto era submetido a uma terceira avaliação. No Enem 2013, quando a diferença for superior a 100 pontos, o texto passará por uma terceira análise.

Isenção

Os candidatos com renda mensal per capita de até 1,5 salário mínimo estão isentos da taxa de inscrição. Antes, eram isentos apenas aqueles com renda de até um salário mínimo per capita. Os estudantes de escolas públicas continuam sem ter de pagar pela inscrição.

Mercadante desmentiu a intenção de cobrar a taxa daqueles que faltarem à prova, mas ressaltou que o gasto é calculado pelo número de inscrições. "Apelo para aqueles que se inscreverem para que realmente façam o Enem. Os custos levam em conta os inscritos e temos tido uma diferença importante". No ano passado, foram 5,8 milhões de inscritos. Desses, 4,3 milhões fizeram a prova.

DatasInscrições começam no próximo dia 13; provas serão em outubro

As inscrições do Enem 2013 começam no próximo dia 13 e vão até 27 de maio. A data foi divulgada ontem pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante. Os candidatos têm até o dia 29 de maio para pagar a inscrição.

As provas serão aplicadas nos dias 26 e 27 de outubro. No primeiro dia, haverá questões de Ciências Humanas e da Natureza. No segundo dia, os candidatos passarão pelos testes de Linguagens, Redação e Matemática.

A taxa de inscrição será de R$ 35. O MEC espera em torno de 6,1 milhões de inscritos.

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