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A técnica de enfermagem Ana Maria Albino, suspeita de ter provocado a morte da aposentada Ilda Vitor Maciel, de 88 anos, foi afastada da Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa, no sul do estado do Rio de Janeiro. A idosa estava internada na unidade quando recebeu sopa na veia, no último dia 7. Segundo o comunicado da direção, a enfermeira (acusada pela família de Ilda de ser a responsável pelo erro) ainda não prestou esclarecimentos na ouvidoria do hospital.

Ana Maria deveria depor na 90ª DP (Barra Mansa) nesta segunda-feira (22), mas não compareceu à unidade. Segundo um inspetor que não se identificou, ela não foi encontrada no endereço que a polícia tinha registrado. No entanto, Ana Maria não é considerada foragida. A polícia investiga se houve falha de comunicação de quem forneceu ou anotou o endereço da enfermeira. O delegado titular da 90ª DP, Ronaldo Aparecido de Brito, que apura o caso, também vai ouvir a direção e funcionários da Santa Casa.

A polícia aguarda o resultado do exame de necropsia no Instituto Médico-Legal (IML), na capital fluminense, para determinar causa da morte de Ilda. A idosa estava internada desde o dia 27 de setembro, após sofrer Acidente Vascular Encefálico (AVC), que paralisou um lado de seu corpo. Ela morreu 12 horas após receber a sopa na veia.

Filha da aposentada, Ana Rute Maciel dos Santos diz acreditar que a mãe morreu após a enfermeira ter injetado sopa na veia da paciente. O Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RJ) chegou a entrar na Justiça Federal de Volta Redonda, para obrigar a Santa Casa de Barra Mansa a enviar ao órgão os documentos e procedimentos médicos sobre o óbito da paciente.

O Coren-RJ tomou a mesma medida contra o Posto de Atendimento Médico (PAM), de São João do Meriti, na Baixada Fluminense, onde, no dia 14, morreu Palmerina Pires Ribeiro, de 80 anos, após a estagiária Rejane Telles, de 23 anos, injetar café com leite na veia da paciente. A idosa morreu quatro horas depois de receber o alimento na veia. Palmerina tinha uma sonda pela qual se alimentava e outra por onde recebia soro. A estagiária teria se confundido e depositado o café com leite na sonda do soro.

Além de Rejane, outra estudante de enfermagem, Luciana Carvalho, de 38 anos, também foi indiciada por homicídio culposo - quando não há intenção de matar -, pelo delegado da 64ª DP (São João do Meriti).

Frente aos casos de erros de profissionais de enfermagem que causaram a morte das duas idosas, o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) afirmou em nota, nesta segunda-feira, que "por uma decisão da Justiça brasileira, os conselhos de Enfermagem não podem fiscalizar as escolas e cursos superiores de enfermagem no país". De acordo com o site G1, a assessoria do Conselho Regional de Enfermagem (Coren-RJ) informou que a atribuição é responsabilidade da Secretaria do Estado de Educação, no caso de cursos técnicos, e do Ministério da Educação, quando se trata de cursos superiores.

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