Evangélico ganha abraço simbólico; diretoria se cala sobre novas denúncias
Médicos, enfermeiros e servidores do Hospital Evangélico de Curitiba promoveram, no início da tarde deste domingo (24), um abraço simbólico no prédio da instituição, localizada no bairro Bigorrilho. Os profissionais manifestaram apoio ao hospital, diante das denúncias contra a médica Virgínia Soares de Souza, presa na última semana, acusada de abreviar a vida de pacientes da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).Leia a matéria completa.
Uma enfermeira investigada pela Polícia Civil por suspeita de envolvimento em supostos homicídios ocorridos na UTI do Hospital Evangélico, em Curitiba, se apresentou na tarde desta segunda-feira (25) ao Núcleo de Repressão aos Crimes Contra a Saúde (Nucrisa), que investiga o caso.
A profissional, que não teve o nome divulgado, chegou ao núcleo por volta das 14h45, junto com o advogado dela, Jefferson Hedder dos Reis. Após depor por cerca de duas horas e meia, ela deixou a delegacia. A Polícia Civil informou apenas que a enfermeira foi levada para um centro de detenção de Curitiba, mas não especificou o local.
Nem a enfermeira e nem Reis conversaram com a imprensa no local. O Nucrisa também não deu declarações aos jornalistas.
Evangélico
Como resposta à investigação pela morte de pacientes na Unidade de Terapia Intensiva Hospital Evangélico, o diretor técnico da instituição Luiz Felipe Mendes, disse, nesta segunda-feira, que a ação policial que levou à prisão temporária a médica Virgínia Soares de Souza e outros quatro funcionários do local configura abuso pela maneira como foi conduzida até agora.
Mendes classificou a ação como constrangedora e relatou que vai pedir uma apuração sobre o suposto exagero na ação policial.
Em nota, a direção da Sociedade Evangélica Beneficente de Curitiba (SEB), mantenedora do Hospital Evangélico, disse estar passando por uma situação "peculiar". A SEB classificou ainda as investigações como constrangedoras e lamentáveis e diz que todos os setores do hospital e seus funcionários estão sendo envolvidos nas investigações.
Defesa
A defesa da médica Virgínia Soares de Souza, que teve a prisão temporária decretada na semana passada durante uma investigação sobre a morte de pacientes dentro do Hospital Evangélico, informou nesta segunda-feira que aguarda um parecer sobre um mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) para tentar forçar o acesso total ao inquérito policial que investiga homicídios na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Evangélico.
Segundo o advogado Samir Assad, que integra a defesa de Virgínia, o órgão do TJ-PR determinou o acesso integral ao processo já na primeira vez em que houve o pedido de acesso às provas da investigação, o que ocorreu na última quarta-feira (20), logo após a prisão da médica.
Mesmo com a decisão favorável, segundo Samir, a delegada do Nucrisa, Paula Brisola, forneceu apenas uma cópia, sem as mídias com gravações e sem os prontuários médicos que foram recolhidos no Hospital Evangélico como possíveis provas.
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