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Curitiba – O Conselho Nacional de Educação (CNE) escolheu incluir Sociologia e Filosofia no currículo do Ensino Médio para "pagar uma dívida histórica". "Na época da ditadura, militar não nos estimulavam a pensar e os estudos de Filosofia e Sociologia foram retraídos. Incluir no currículo essas disciplinas é fundamental para ajudar o aluno a refletir sobre o mundo e interferir nele de forma construtiva", explica Regina Vinhaes Gracindo, membro do CNE e professora da Faculdade de Educação da UnB.

A autora do livro sobre educação Discretas Esperanças, a filósofa Olgária Matos, professora da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, confirma que a medida não é um capricho. Para ela, um dos maiores erros das políticas públicas é distorcer a função da escola. "Não dá para confundir a escola com socorro-assistencialista, pensada para tirar criança da rua. Escola não é para brincar, não é lazer. Escola existe para formar o caráter, o pensamento para o mundo da cultura", dispara.

Nessa linha, a pesquisadora vê uma única dificuldade na inclusão dessas matérias: a falta de preparo dos professores. "É preciso dar uma perspectiva histórica da filosofia, falar da vida dos pensadores, explicar bem o seu pensamento. Aula de filosofia não consiste em pegar um artigo de jornal e ficar debatendo na sala sobre ele", alerta.

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