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A Unioeste é uma das sete universidades estaduais do Paraná que serão beneficiadas com a liberação de recursos federais | Christian Rizzi/ Gazeta do Povo
A Unioeste é uma das sete universidades estaduais do Paraná que serão beneficiadas com a liberação de recursos federais| Foto: Christian Rizzi/ Gazeta do Povo

Programa vai priorizar Medicina e engenharias

Segundo o deputado Alex Can­zia­ni, autor da emenda no Plano Plu­­rianual (PPA) 2012-2015, que viabiliza a criação do programa do Mi­­nis­­tério da Educação que vai disponibilizar verba para as universidades estaduais, o foco dos investimentos deve estar nos cursos de Medicina, licenciaturas e engenharias. Medidas para reduzir a evasão nesses cursos também se­­rão estudadas. "O número de pessoas que abandonam os cursos de Engenharia é enorme e só 30% dos formados atuam na área", diz.

O PPA estabelece as medidas, gas­­tos e objetivos a serem seguidos pelos governos federal, estadual e municipal ao longo de quatro anos. Tem vigência do segundo ano de um mandato presidencial até o fim do primeiro ano do man­­dato seguinte. O PPA para o período 2012-2015 prevê para a União despesas de R$ 5,4 trilhões. O valor é 38% maior que o plano anterior.

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O Paraná será o primeiro estado a receber recursos do governo federal para ampliar a oferta de vagas nas universidades estaduais. A promessa é do Ministério da Educação (MEC), que elabora um programa piloto para auxiliar financeiramente as instituições de ensino superior financiadas pelos estados. Até 2015, a expectativa é dobrar o número de estudantes nas sete universidades paranaenses.

Segundo o MEC, a liberação de verba para o estado servirá de modelo para expandir o programa a outras regiões do país. O Paraná foi escolhido por ter uma das melhores e mais estruturadas redes estaduais de ensino superior do país. Recentemente, por exemplo, o curso de Medicina da Universidade Estadual de Maringá (UEM) obteve a maior nota do Brasil no Centro Preliminar de Curso do MEC.

A proposta, anunciada ontem, em Curitiba, priorizará cursos de licenciatura, Medicina e engenharias. Embora não haja definição de valores nem previsão de quando os investimentos serão repassados, o projeto federal deve estar em funcionamento em todos os estados até 2013.

Em reunião com reitores das sete universidades do Paraná, o secretário de Educação Superior do MEC, Luís Cláudio Costa, recebeu um documento com as principais demandas das instituições. "Há um sistema de ensino superior muito organizado no Paraná e o MEC vai viabilizar recursos para que esse sistema seja potencializado", disse.

O Paraná foi o primeiro estado a ser visitado. Durante todo o ano de 2012, o MEC recolherá os estudos de demandas produzidos por universidades estaduais de todo o país para, só então, definir como o sistema funcionará efetivamente. Além da abertura de novas vagas, Costa informou que a assistência estudantil – incluindo residência, alimentação e transporte para universitários de baixa renda – também deve ser incluída no planejamento de repasses.

Otimismo

A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) recebeu com otimismo a iniciativa. "Pela primeira vez, temos uma perspectiva concreta de que o governo federal quer fortalecer a rede estadual de ensino superior", afirmou o secretário Alípio Leal. Segundo ele, alguns repasses já ocorriam por meio de programas isolados e a partir de iniciativas das próprias universidades, mas nunca houve uma política de integração oficial.

Segundo os dados mais atualizados da Seti, o número de vagas oferecido por todas as universidades do Paraná soma 17.293. Com o programa, o número deve chegar a 34,5 mil. "Esse é o objetivo, porque só com mais profissionais qualificados no mercado que se evita o apagão de mão de obra", diz.

Além do novo programa, estão previstas para o ano que vem emendas que somam R$ 60 milhões para aquisição de equipamentos para as universidades estaduais, por meio do Ministério da Ciência e Tecnologia, e mais R$ 40 milhões para os hospitais universitários, por meio do Ministério da Saúde.

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