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Cascavel, Foz do Iguaçu, Maringá, Umuarama – Em Umuarama, uma universidade particular é a maior indústria da cidade. Na região de Foz do Iguaçu, a Itaipu e as Cataratas inspiram o surgimento de novos cursos. Em Maringá, já se sabe quanto a presença dos estudantes de outras cidades rende ao município. Em Cascavel, o título de "universitária" é uma realidade. Juntas, as quatro cidades abrigam 73,5 mil estudantes de terceiro grau.

O crescimento da Unipar mudou a cara de Umuarama, onde 10% da população é de estudantes de curso superior. Segundo o presidente da Associação das Empresas do Ramo Imobiliário – Sistema Venda Rápida, Dogival Corrêa, "sem a Unipar, a cidade estaria parada no tempo". O exemplo: o câmpus 3 da universidade, construído há cinco anos numa zona residencial, fez o valor dos terrenos saltar de R$ 20 mil para R$ 150 mil.

Em Maringá, oito instituições somam 19,5 mil universitários. Acrescidos aos 13,5 mil da UEM, os acadêmicos são mais de 10% de toda a população da cidade (em torno de 315 mil habitantes). Os 90 cursos de graduação atraem vestibulandos de todo o país. Pesquisa de 2002 da Câmara Técnica de Assuntos Universitários, do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), aponta que os estudantes de fora gastam, em média, R$ 1 mil mensais e injetam mais de R$ 30 milhões ao mês na economia do município.

Cláudio Ferdinandi, presidente do Sindicato das Escolas Particulares (Sinep), lembra que uma das qualidades do circuito universitário maringaense é atender às necessidades de mercado, como o setor do vestuário. Tanto a UEM como o Centro Universitário de Maringá (Cesumar) oferecem cursos de Moda. São quase 500 alunos se preparando para um setor que conta com quatro mil vagas de trabalho entre Maringá e Cianorte.

A localização de Foz do Iguaçu atrai universitários de municípios vizinhos. Levantamento da prefeitura, em 2004, indica que o setor universitário se consolidou como segmento econômico a partir de 1999, quando a cidade tinha apenas oito cursos superiores. Atualmente, reúne cinco instituições de ensino superior privado – União Dinâmica de Faculdades Cataratas (UDC), Uniamérica, Cesufoz, Unifoz e Anglo-Americano – e uma pública, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Juntas, as instituições têm perto de 12 mil alunos em 78 cursos. Alguns foram criados para atender a vocação da região, como Turismo, Hotelaria e Engenharia Ambiental.

Em Cascavel, a situação é parecida à de Foz: a cidade está na rota dos estudantes do Paraná e de Santa Catarina. São seis instituições privadas e uma pública onde estudam 19 mil acadêmicos. A expansão universitária começou com a Unioeste, a única instituição pública da região. Há cerca de oito anos surgiram as primeiras faculdades privadas no município. Atualmente, os universitários são responsáveis por entre 10% e 15% das locações de imóveis da cidade, segundo cálculos do setor. Em meados da década de 90, a participação era praticamente zero.

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