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A decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de manter a regra da verticalização para as eleições deste ano deixa os partidos no Paraná em compasso de espera. Os políticos paranaenses pouco arriscam traçar cenários para a disputa ao governo estadual porque não consideram definitiva a decisão do TSE. "A discussão vai se dar no Supremo Tribunal Federal (STF)", afirma o vice-presidente do PDT, deputado estadual Augustinho Zucchi, que diz que até lá não há como avaliar o impacto das mudanças. "A manutenção (da verticalização) altera o quadro nacional. Quem lançaria candidato próprio, pode não lançar mais", completa.

No Paraná, o PDT deverá ser o grande prejudicado se for mantida a verticalização. A intenção do partido era formar uma ampla frente de oposição com o PSDB, PFL e PP e lançar o nome do senador Osmar Dias ao governo do estado. Com a verticalização, o PDT perderia o apoio do PSDB, que teria de lançar candidatura própria. Sem os tucanos, o partido perderia estrutura e tempo de televisão.

Pacote pronto

Para o presidente do PSDB no estado, deputado estadual Valdir Rossoni, "se for mantida a verticalização, a decisão será tomada no diretório nacional. O pacote virá pronto de Brasília".

O presidente estadual do PT, André Vargas, afirma que para o partido a decisão do TSE não provoca nenhuma mudança. Segundo ele, no PT sempre existiu uma "visão verticalizada". Ele lembra que este ano o partido terá candidato próprio ao governo estadual, com o apoio do PL, PSB e PCdoB. O nome escolhido é o do senador Flávio Arns. "A manutenção da verticalização fortalece a decisão de sair com candidato próprio."

O presidente do PP de Curitiba, Ney Leprevost, explica que o partido aguarda a resolução nacional para depois se posicionar no estado. Ele diz que o melhor seria que o PP saísse com um candidato próprio à Presidência da República ou que, do contrário, não participasse de nenhuma coligação. "Sou a favor da verticalização. Só assim poderemos ter, no futuro, partidos fortes no Brasil", afirma Leprevost.

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