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Curitiba – O paranaense Luiz Fabiano Bonaroski, 33 anos, um dos passageiros que morreram na queda do vôo 1907 da Gol, no último dia 29 de setembro, no trajeto de Manaus para Brasília, foi enterrado ontem, às 17 horas, no Cemitério Água Verde, em Curitiba. O corpo de "Nano", como era chamado por parentes, chegou ao Paraná ao meio-dia.

Luiz foi o último passageiro do vôo com destino ao Paraná a ser enterrado. Os outros foram sepultados no último fim de semana: o comissário Rodrigo de Paula Lima, de Colombo, região metropolitana de Curitiba; a médica-ginecologista Keila Bressan, de Cornélio Procópio, Norte do estado; e o empresário gaúcho, Rolf Ferdinando Giutjhar, que residia na capital paranaense há 12 anos.

Luiz trabalhava no Banco Real como operador comercial e morava há um ano em Manaus. Insatisfeito por estar longe da família, conseguiu uma transferência de volta para Curitiba. Antes da viagem, já tinha despachado a mudança de caminhão.

A família soube do acidente no próprio dia, por meio da imprensa, e tentou entrar em contato com ele no celular. Um amigo de Manaus atendeu, dizendo que o economista tinha deixado o aparelho na cidade. Dez minutos depois, retornou a ligação com a confirmação de que Luiz estava no vôo da Gol. O pai, Luiz Carlos Bonaroski, e o tio, Wilson Bonaroski, estiveram na semana passada em Brasília para acompanhar o trabalho de identificação dos corpos. "A família está bastante comovida com toda essa fatalidade", desabafou Wilson.

No velório, a mãe, Nina Rosa Bonaroski, 57 anos, e o irmão, Felipe Bonaroski, de 22 anos, não saíram do lado do caixão lacrado, envolvido com flores brancas e com uma foto de Luiz sobre o féretro. "Não sabíamos se queríamos ver o nome dele na lista ou não. Sempre restava um fio de esperança", disse Yara Carneiro, tia do economista.

Os parentes prometem não descansar até que os culpados da queda do Boeing sejam punidos. "Nós sabemos que esse acidente poderia ter sido evitado e não pouparemos esforços para que as investigações cheguem ao fim. O que é certo é que os pilotos americanos têm de pagar pelo crime que cometeram", afirmou Yara. Dezenas de pessoas compareceram ao velório. Amigos da família fizeram uma homenagem com uma revoada de pombos.

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