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Enterro de Sílvia, em Bocaiúva do Sul | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Enterro de Sílvia, em Bocaiúva do Sul| Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

O corpo da professora Sílvia Regin da Silva foi enterrado ontem, por volta das 17 horas no Cemitério Municipal de Bocaiúva do Sul, onde está enterrado o corpo de sua mãe. Ela foi velada na Igreja Universal do Reino de Deus, na Vila Formosa do bairro Cachoeira de Almirante Tamandaré às 15h45 de ontem. Cerca de 300 pessoas compareceram ao local entre parentes, amigos e colegas da igreja e do trabalho.

Pouco antes de o corpo deixar o local, o ex-marido Daniel Ângelo Silva, que está sendo investigado pela polícia, passou alguma vezes de carro na frente da igreja. Depois, entrou no estacionamento – em um carro branco com os vidros escuros – e subiu pelo porão até o caixão de Sílvia. Não havia nenhum policial no local e, de acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública do Paraná, a polícia ainda procura por Daniel, que não prestou depoimento. O delegado responsável pelo caso, Carlos Mastronardi, explicou que, como ele é apenas suspeito, não tem como obrigá-lo a comparecer à delegacia. Desde a morte de Sílvia até o momento do velório, sua família ainda não o tinha visto. "Não sabemos nada dele", diz a tia Célia Firmino. "Não temos idéia por onde ele anda e não conseguimos falar com ele."

De todas os alunos que estavam com a professora na hora do crime, apenas uma das mães foi ao local. De acordo com a professora e colega de trabalho Elizabeth, os alunos que estavam em aula com Sílvia no momento em que ela foi morta estão em estado de choque e muito abalados. "Um deles não queria largar da mão dela na hora em que ela levou os tiros", conta. A escola permanece fechada e em luto. As aulas foram encerradas e só retornam no ano que vem.

Sílvia tocava saxofone na orquestra da igreja que freqüentava com as filhas há mais de dez anos. De acordo com o pastor Vantuir Maurício Lopes, que está no cargo há oito meses, cerca de 150 fiéis compareceram ao velório. A vice-prefeita da cidade, Maria Bernadete Afornale Pavoni, disse em nota que ela e o prefeito Vílson Goinski sentem a perda de uma grande amiga e educadora que dedicou a vida em favor do município. Sílvia trabalhou como professora durante 25 anos.

Os irmãos e as filhas da professora estavam muito abalados. Segundo informações de um primo de Daniel, que não quer se identificar, as três meninas vão ficar com os avós paternos.

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