A entidade Overseas Press Club of America (OPC) divulgou nesta segunda-feira (30) o conteúdo de uma carta encaminhada à presidente Dilma Rousseff em que pede medidas contra o assassinato de jornalistas no Brasil. Na semana passada, o repórter Décio Sá foi executado com seis tiros em São Luís, no Maranhão, enquanto estava num bar.

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No texto, a OPC diz que a notícia do assassinato do jornalista foi recebida com choque. Décio era repórter político do jornal "O Estado do Maranhão" e assinava um dos blogs mais polêmicos e acessados no estado.

"O Brasil, como você deve saber, é líder na América Latina no assassinato de jornalistas este ano, de acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas", diz o texto. A entidade afirma ainda que os colegas de profissão de Sá, tanto no Brasil quanto em todo o mundo, se desesperam com a impunidade aparente dos assassinatos. "Apenas em fevereiro passado, dois jornalistas brasileiros foram assassinados em uma semana. Até o momento, ninguém foi preso, em qualquer caso", relembra o texto.

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A OPC afirma ainda que o Brasil tem alcançado o sucesso econômico e tem crescido neste aspecto. Mas, os assassinatos de jornalistas como Décio Sá são uma ameaça a esta ascensão. A entidade também diz que uma imprensa agressiva e garantias de liberdade de expressão são condições necessárias para o sucesso nacional. "No mínimo, vossa excelência, isto deve incluir proteção contra assassinato", conclui a OPC. O jornalista deixa uma esposa grávida e uma filha de oito anos de idade, segundo lembra a entidade.

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