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No mês em que é celebrado o Dia da Mães, a história de uma mulher ainda pouco conhecida no Brasil nos inspira a enxergar a maternidade com outros olhos.
Das salas de redação aos salões da Casa Branca, a jornalista e escritora americana Colleen Carroll Campbell ficou reconhecida nos Estados Unidos por sua trajetória como comentarista política, autora premiada e ex-redatora de discursos presidenciais de George W. Bush.
Colleen parecia viver uma vida de conquistas, mas se deparava com uma ferida difícil: a ausência de filhos.
Ela enfrentou diagnósticos de infertilidade por anos e, ao narrar sua história no livro de memórias espirituais “Minhas Irmãs, as Santas”, escreveu que se sentia quebrada, impotente diante da situação.
Foi nesse mesmo período em que o Alzheimer do pai, diagnosticado de forma precoce, a fez voltar para casa, onde, por sua vez, a constatação da fragilidade da vida a motivou a voltar-se para a uma fé que há muito tempo havia deixado para trás.
Suas orações, no entanto, não eram apenas pedidos. Eram diálogos com santas que atravessaram os séculos. Colleen mergulhou na vida de cada uma delas como quem busca mapa, espelho e refúgio.
Ela descobriu que aquelas mulheres santas, tão diferentes dela, também haviam vivido o drama de amar sem controle, esperar sem garantias, sofrer com esperança. E encontrou o caminho mais profundo para ser mãe: o da maternidade espiritual.
Esse entendimento moldou sua jornada e deu origem ao livro “Minhas Irmãs, as Santas”, uma autobiografia espiritual que já tocou milhares de mulheres no mundo todo. Ela narra como a busca por sentido e por filhos a levou a um encontro mais profundo com Deus — e com ela mesma. É uma obra que fala de fé, mas também de vulnerabilidade, espera, identidade e do poder silencioso da oração.

Após anos, ela engravidou naturalmente. Teve quatro filhos, incluindo gêmeos. “Deus não ignorou meu desejo de ser mãe,” ela escreveu. “Mas antes de me dar filhos nos braços, Ele quis me fazer mãe por inteiro — no coração.”
Conteúdo editado por: Maria Carolina Antoniassi Saldanha