Hospitais atendem 16 sobreviventes
Pelo menos 16 pessoas foram levadas para hospitais da zona sul da capital paulista até a noite de ontem, segundo o Corpo de Bombeiros. Uma mulher morreu no Hospital Dante Pazzanese. Sete vítimas, funcionários da TAM Express, foram atendidas no Hospital Jabaquara. Quatro delas estavam em estado grave. Até às 21h40, três homens que estavam no hangar da TAM haviam sido levados para o Hospital São Paulo. Fabrício Nicoletti foi internado em estado grave na UTI, com comprometimento nos pulmões, por ter inalado muita fumaça.
São Paulo O deputado federal Júlio César Redecker, do PSDB do Rio Grande do Sul e líder da minoria na Câmara Federal, estava no vôo 3054 da TAM, segundo o chefe de gabinete do parlamentar, Mauro Borges. Com 51 anos, o deputado era advogado e professor. De acordo com assessores do parlamentar na capital gaúcha, o motorista de Redecker o havia deixado no aeroporto de Porto Alegre por volta das 16 horas. Em São Paulo, ele embarcaria para os Estados Unidos, em viagem oficial com o presidente da Câmara, o petista Arlindo Chinaglia. A viagem foi cancelada.
O filho do ex-presidente do Sport Club Internacional, Paulo Rogério Amoretty, confirmou às 22h10 que o pai deveria estar no vôo e que a família ainda não tinha notícias dele. A Vinícola Aurora, a maior do país, confirmou às 21h50 que dois funcionários estavam no vôo: Caio Zanotto, diretor-superintendente, e Ivalino Bonatto, gerente-financeiro. Eles iam para São Paulo a trabalho. A confirmação foi feita através da reserva do vôo em nome dos dois. Fontes do Deic que ajudaram na operação de resgate de vítimas disseram, por volta das 22 horas, que foram encontrados os corpos de uma mãe e uma criança carbonizados dentro de um carro que estava no posto de combustíveis atingido pelo avião. As duas morreram abraçadas, segundo os policiais.
Também estava no avião uma advogada de 32 anos, grávida de quatro meses. Ela e duas colegas do escritório Edson Freitas Siqueira, de Porto Alegre, iam a um evento. O funcionário que aguardava as três no aeroporto disse que não tinha autorização para divulgar o nome das vítimas. Márcio Papa, sogro de um dos passageiros do vôo, o empresário Pedro Caltabiano, aguardava informações da TAM no saguão do aeroporto.
Fuga
O motorista da TAM, Reinaldo José de Assunção, de 37 anos, estava no subsolo do hangar da empresa em que o avião bateu quando ouviu um forte estrondo. Saiu correndo e viu uma escada de concreto desabando.
Conseguiu subir ao primeiro andar por uma outra escada e deu de cara com o amigo Bira, funcionário-administrativo do hangar, com o rosto ferido. Reinaldo ajudou a resgatá-lo e diz que só viu a fuselagem do avião pegando fogo. Segundo ele, o airbus atingiu o prédio, que funciona 24 horas por dia, entre o primeiro e segundo andares.
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