Brasília Os aumentos de salários de deputados podem deflagrar uma epidemia de reivindicações das categorias de elite dos servidores do Executivo, provocando gasto adicional de R$ 1,7 bilhão por ano. Esse gasto ocorreria no caso de o governo ceder aos pedidos máximos de aumentos para ministros, secretários-executivos, procuradores da Fazenda, advogados e defensores da União, delegados da Polícia Federal e auditores da Receita Federal, que tentam pegar carona no reajuste de 90,7% do Congresso e na grade de vencimentos do Judiciário.
Parte dessas categorias já discutia com a Casa Civil uma fórmula de estreitar seus vínculos salariais com o Judiciário e o Ministério Público. As carreiras jurídicas, por exemplo, embora sejam as mais bem pagas do Executivo, ganham em média menos de 60% do que juízes e procuradores da República. Se conseguissem isonomia com os outros Poderes, o governo teria um gasto extra de R$ 1,3 bilhão por ano.
A farra salarial também está levando o primeiro e segundo escalões dos ministérios a ambicionarem um reajuste semelhante ao concedido pelo Legislativo. Atualmente, os ministros e seus secretários-executivos ganham no máximo R$ 8.362,80 bem abaixo do que alguns poderiam obter na iniciativa privada. Para contornar essa situação, o governo chegou a lotear os conselhos administrativos de estatais entre vários titulares do primeiro escalão. Mas a grande maioria ficou de fora desse rateio amigo e hoje reclama, à boca pequena, por salários melhores.
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