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Impedir a ação de profissionais envolvidos em casos de erro médico é uma das prioridades do Núcleo de Repressão a Crimes contra a Saúde (Nucrisa). A delegada responsável pela recém-criada unidade, Paula Christiane Brisola, promete concentrar esforços na prevenção de novas ocorrências do gênero. Dos 83 inquéritos trabalhados até agora pela delegacia, 26% estão ligados a falhas médicas.

"Vamos tentar fazer com que esses médicos saiam do mercado de trabalho. O mais importante é que uma falha que pode tirar a vida de uma pessoa não volte a acontecer", afirma a policial, que, aos 27 anos, é uma das mais jovens delegadas do estado. Sua preocupação é com a punição branda prevista pela lei em situações de erro profissional.

"Essa questão é muito complicada, porque se trata de um crime culposo, que tem a pena máxima de três anos prevista em caso de homicídio", explica. Paula diz que o núcleo passa todas as ocorrências para o Conselho Regional de Medicina. "A gente noticia e cobra que providências sejam tomadas. Além disso, a Vigilância Sanitária também é acionada, para fazer vistorias em clínicas e hospitais para verificar se há mesmo irregularidades e, em casos comprovados, fechá-los para que outras pessoas não sejam prejudicadas".

Na semana passada, o trabalho do Nucrisa conseguiu fechar uma clínica de cirurgia plástica no bairro Água Verde. Segundo as investigações, o local não possuía infra-estrutura adequada para esse tipo de procedimento, além de não ter licença da prefeitura para atuar no ramo. A dona do estabelecimento foi autuada por lesão corporal e responderá a inquérito.

Serviço: O telefone para denúncias de crimes contra a saúde é (41) 3250-4859

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