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Três furtos foram registrados em três dias na Escola Estadual Professora Maria Arminda, em Antonina, no litoral do Paraná, entre sexta-feira (1º) e domingo (3). A comunidade está assustada com a onda de violência e organiza um protesto nesta quarta-feira (6), do qual devem participar pais, alunos, funcionários da instituição, comerciantes e demais moradores da região.

A diretora da escola, Ana Paula Machado Ribeiro, afirmou que fez já vários pedidos à Secretaria de Estado da Educação (Seed) para a contratação de um vigia que passe a noite na escola. "Envio ofícios desde 2011 e até agora não tivemos resposta", disse a diretora.

Ela assumiu a direção da escola em 2009 e relatou que problemas por conta da falta de segurança na instituição são registrados há pelo menos 15 anos. "A escola sempre foi vítima de assaltos. Se nada for feito, não sabemos o que mais irá acontecer", destacou Ana Paula.

Segundo a Secretaria de Educação, a escola não possui uma casa de permissionários - espécie de residência que poderia abrigar um funcionário para passar a noite dentro da propriedade da escola. Houve uma solicitação para implantar a casa de permissionário, mas a Secretaria ainda analisa como proceder, principalmende de onde viriam os recursos para a obra. Portanto, também não há prazo para que a iniciativa saia do papel. A prioridade, segundo a Seed, tem sido investimento em salas de aula, reformas e outras obras voltadas a reforçar a estrutura de ensino da escola. A Escola Estadual Professora Maria Arminda localiza-se no bairro Batel, em Antonina. Aproximadamente 410 alunos – do 6º ao 9º ano - estudam no local em três períodos.

Furtos

O primeiro furto ocorreu na madrugada de sexta-feira (1º). O portão de ferro da escola foi arrebentado. Celulares confiscados temporariamente dos alunos e pendrives de professores foram levados.

A segunda ocorrência foi registrada na tarde de sábado, por volta das 15h30. Os telhados do corredor e da secretaria foram danificados. Novo furto ocorreu na manhã de domingo, quando a porta da biblioteca e parte da fiação sofreram avarias. A diretora registrou boletim de ocorrência em todos os casos.

Comunidade assustada

A escola está sem internet e os telefones funcionam de maneira precária. A diretora disse que decidiu por não suspender as aulas para não gerar pânico entre a comunidade. "Os alunos estão muito assustados. Os professores estão conversando com eles e explicando a situação. A suspensão poderia gerar pânico", afirmou Ana Paula.

"O nosso temor é de que os pais deixem de mandar os filhos para a escola ou transfiram-os daqui", salientou Ana Paula.

A reportagem entrou em contato com a Delegacia de Antonina na tarde desta segunda-feira, mas o superintendente não foi localizado para comentar se há uma investigação em curso para elucinar os furtos na Escola Estadual Professora Maria Arminda.

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