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No local, havia isqueiros e sinais de que os dois garotos tentaram incendiar os materiais | Reprodução/RPCTV
No local, havia isqueiros e sinais de que os dois garotos tentaram incendiar os materiais| Foto: Reprodução/RPCTV

A escola municipal John Kennedy, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba, foi invadida por volta das 21h30 de quinta-feira (9) por dois meninos, de 8 anos e 12 anos. Eles pularam um muro de cerca de 1,70 metro, escalaram uma grade e chegaram a uma sala de aula que, segundo a diretora, costuma ficar trancada a chave todas as noites.

No local, os menores arrombaram os cadeados de dezenas de armários, espalhando o material didático pelo chão. "Até chegarem a esta sala, eles foram rasgando todos os cartazes que encontravam em outras portas e corredores. Imaginamos que eles passaram uma hora na escola, até a chegada da guarda municipal", conta a diretora geral, Maria Tereza de Souza. No local, havia isqueiros e sinais de que os dois garotos tentaram incendiar os materiais.

Maria chegou à escola por volta das 22h30, depois de ter sido avisada pela patrulha escolar do município. "Levei um susto, pois haviam falado que se tratava de dois menores e, ao chegar, me deparei com duas crianças. Perdi o chão naquela hora", diz. O garoto de 8 anos estava matriculado na escola, mas não havia aparecido para a aula este ano. Em seu histórico escolar há duas repetências, ambas por abandono escolar nos últimos dois anos.

Questionados pela diretora sobre o motivo de estarem destruindo a sala, a criança menor se identificou como aluno na escola e respondeu apenas que iam colocar tudo de volta no lugar. Há pouco tempo a escola foi reformada, depois de ter passado, no dia 27 de dezembro, por outro arrombamento. Daquela vez, as quatro câmeras de segurança, compradas pela associação de pais, professores e funcionários, foram roubadas, assim como o motor do portão de entrada.

Na escola estão matriculados 629 alunos, e na sala invadida estudavam crianças do 3º e 4º ano. "Os alunos estão muito decepcionados e as professoras choraram quando viram como ficou a sala. Eu me pergunto onde estavam os pais dessas crianças que não sabiam onde elas estavam naquela hora da noite", questiona a diretora.

Como alegaram não saber o telefone de seus pais, os garotos passaram a noite no Conselho Tutelar, onde foram procurados pelas famílias na manhã desta sexta-feira (10). Os pais devem ser responsabilizados pelo ocorrido e a punição será definida pelo Ministério Público.

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