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Metade das vagas é reservada para crianças especiais e o espaço da escola é comum a todas elas. | Jessé Franceschi/Divulgação
Metade das vagas é reservada para crianças especiais e o espaço da escola é comum a todas elas.| Foto: Jessé Franceschi/Divulgação

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em gazetadopovo.com.br/videos e saiba mais sobre a escola. As aulas começam em outubro e mais informações sobre matrículas podem ser obtidas pelo telefone (41) 3333-6464.

Curitiba tem cerca de 17 mil crianças de até 6 anos com deficiência. Mas nas escolas esse número não ultrapassa os 10 mil, mesmo quando somadas todas as que estão matriculadas em unidades especiais e regulares, desde a educação infantil até o ensino médio. Os números são do Sinepe Paraná, o sindicato das escolas particulares. Entre as que estudam, há desafios como a falta de preparo dos professores e funcionários, de adaptação do material, do currículo e da estrutura física.

Mas em um período em que escolas recorrem à Justiça para não receber crianças com deficiência, um espaço no Boqueirão se mostra um exemplo a ser seguido. O Centro de Educação Infantil Mundo Para Todo Mundo, iniciativa da ONG Universidade Livre para a Eficiência Humana (Unilehu), reserva metade das vagas para crianças com todo o tipo de deficiência. Tem parquinho adaptado para que os alunos possam brincar juntos e reúne profissionais da saúde dentro da escola, como psicólogo, terapeuta ocupacional, fisioterapeuta e fonoaudiólogo. A equipe de professores será capacitada para diferentes perfis de aprendizagem.

A presidente da Unilehu, Andrea Koppe, reconhece que o custeio das demandas pedagógicas é o grande obstáculo da educação inclusiva, mas lembra que a inclusão é uma obrigação legal e um direito. No caso da Mundo Para Todo Mundo, há muitas parcerias. “A compra do terreno e parte do valor da construção foram viabilizadas por doação do Instituto Renault e de outras empresas. O plano financeiro prevê parcerias com o setor público e com o setor privado, que poderá fazer doações pelo Fundo Municipal para Criança e Adolescente, garantindo a gratuidade para as famílias”, explica Andrea. A inspiração vem de escolas internacionais em que a inclusão é missão: a Escola da Ponte, em Portugal, e a Reggio Emilia, na Itália.

Depois de ouvir que não havia vagas para seu neto em nenhuma escola municipal, Jacinta de Fátima Marcelino procurou a Unilehu. Prestes a completar 3 anos, Daniel ainda não fala e na rede pública de saúde a fonoaudióloga disse que só com 4 anos ele poderia iniciar o tratamento. “Gostei muito desta escola e é um alívio saber que ele terá atendimento com profissionais e poderá estudar aqui. Ele ainda não tem diagnóstico, mas a escola vai ser como um tratamento para ele”.

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