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Alunos tiveram uma surpresa ao usar, na quarta-feira (2), os banheiros da Escola Estadual Antônio Vieira Campos, no Conjunto Habitacional Julio de Mesquita Filho, em Sorocaba. Câmeras de videomonitoramento estavam instaladas nos recintos de uso privativo, nos banheiros masculinos e femininos. Rapidamente, a surpresa se transformou em indignação. À noite, mais de duzentos alunos, segundo a Guarda Civil Municipal, fizeram um protesto contra o que consideraram um ato extremo de invasão de privacidade.

Como prova, os alunos gravaram vídeos com celulares e postaram nas redes sociais. As reações foram imediatas. A União Sorocabana dos Estudantes Secundaristas (Uses) considerou a medida “medieval” e disse que todos os alunos estavam muito incomodados com a situação. Pelas redes sociais, a Uses convocou os estudantes para a manifestação. Durante o protesto, os alunos interditaram a avenida em frente à escola e ameaçaram não retornar às aulas se os equipamentos não fossem retirados. A escola atende alunos do fundamental 2 e ensino médio, na faixa etária de 11 a 18 anos.

O diretor Ivan Cordeiro de Miranda confirmou ter instalado as câmeras, mas alegou que elas não estavam ligadas. O objetivo seria apenas inibir, com a presença das câmeras, os atos de vandalismo que teriam ocorrido nas instalações sanitárias da escola. Segundo ele, também houve reclamações de que estudantes do sexo masculino estariam invadindo os banheiros femininos.

“É comum os meninos entrando no banheiro das meninas e nós nunca conseguimos comprovar”, justificou. Segundo ele, a escola tem apenas quatro inspetores de alunos para cobrir os três períodos letivos. Nesta quinta-feira (3), a Diretoria Regional de Ensino informou que as câmeras foram retiradas.

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