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Além de livros, escola também deu destaque a um calendário com uma imagem que faz alusão a soldados revolucionários
Além de livros, escola também deu destaque a um calendário com uma imagem que faz alusão a soldados revolucionários| Foto: Reprodução redes sociais

No centro de uma polêmica por ter lançado uma peça teatral estrelada por adolescentes em que relaciona eleitores da direita ao fascismo, o Colégio Santa Cruz, em São Paulo, recentemente usou suas redes sociais para divulgar livros infantis com viés de esquerda.

A publicação com a divulgação de livros foi removida do Instagram depois que o colégio foi oficiado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP), que disse ter recebido denúncias de pais de alunos sobre a encenação da peça que retrata a história de uma família que tem a tradição de matar "fascistas" e vê, em 2028, a “extrema-direita” vencer as eleições.

Entre os livros divulgados pela escola na terça-feira (14), durante um encontro com representantes da editora Boitempo-Boitatá, estão títulos como: “O Capital para crianças”, baseado da obra de Karl Marx; “O estado e a revolução”, do ex-líder comunista Vladimir Lenin; e “Pensamento feminista negro”, da socióloga Patricia Hill Collins.

Na publicação do colégio também são vistos exemplares do livro “Homens ou máquinas”, que reúne textos do teórico do comunismo Antonio Gramsci; e do livro “As mulheres e os homens”, que segundo a Boitempo, “aborda questões de gênero por um viés de igualdade e em respeito à pluralidade”.

Na foto divulgada pelo colégio também se destaca um calendário com uma imagem que faz alusão a soldados revolucionários.

"Durante o bate-papo, educadores de diversos setores do colégio conheceram um pouco da história da editora fundada em 1995 e de seu catálogo que tem uma linha editorial clara e coerente, contendo obras das áreas das ciências humanas, como economia, política, história e cultura. Por ano, são publicados em média 40 livros. Além das publicações, a editora se dedica à formação de leitores investindo na organização de eventos", disse o colégio ao divulgar o evento com a Boitempo-Boitatá, no Instagram.

Procurado pela Gazeta do Povo para esclarecer se os livros seriam usados durante as aulas das turmas infantis ou mesmo em séries mais avançadas, o Colégio não respondeu ao jornal até o fechamento desta matéria. A Gazeta permanece aberta para quaisquer comentários da escola sobre o caso.

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