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São Paulo – O clima é de mistério na concentração do sambódromo paulistano. A um dia da primeira noite de desfile do Grupo Especial, a maioria dos carros alegóricos está coberta por sacos plásticos, carnavalescos trabalham em silêncio e seguranças tentam barrar a entrada de possíveis espiões.

Tanto suspense tem explicação: evitar que as concorrentes copiem idéias na última hora e garantir um pouco de surpresa para a avenida.

"Se a gente mostra antes, não tem graça’’, dizia um dos funcionários da Pérola Negra, conhecido por Magrão. Todos os carros da Pérola, assim como os da Vai-Vai e da X-9 Paulistana estavam completamente cobertos.

Ontem, apenas a Império de Casa Verde, campeã do ano passado e quarta a desfilar amanhã, tinha todos os carros expostos na concentração. Mas, para fotografá-los, era preciso autorização da escola. Assim como no ano passado, a Império colocou uma equipe de vigilância para permanecer 24 horas na concentração e, assim, evitar que seus carros, que vão ajudar a contar a história dos grandes impérios, sejam sabotados. A escola gastou cerca de R$ 2 milhões no desfile.

Outras agremiações, como a Tom Maior e a Peruche, tinham parte das alegorias cobertas e ainda trabalhavam em outras delas.

"Não podemos entregar o ouro ao bandido. Se a gente fala muito, os outros copiam’’, dizia Baixinho, integrante da Tom Maior que montava um carro repleto de relógios gigantes. Terceira escola a entrar na avenida, ela falará sobre a luta de classes em uma apresentação que custou R$ 1,4 milhão.

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