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Tripé

Jarci Maria Machado, coordenadora do Centro de Avaliação e Orientação Pedagógica do Paraná, diz que há três fases para que a inclusão ocorra:

• 1º – Cabe ao governo, com mudanças na lei.

• 2º – Os estabelecimentos precisam oferecer acesso a esses estudantes.

• 3º – Transformação das atitudes, o que inclui um olhar menos "afetado" para esses estudantes.

A obrigatoriedade do ensino destinado aos portadores de deficiência física ou mental e a responsabilidade das escolas particulares em relação ao assunto vêm sendo debatidas em um fórum coordenado pelo Sindicato das Escolas Particulares (Sinepe), nesta semana, em Curitiba. A proposta do evento é responder aos questionamentos de professores, coordenadores e diretores dos 44 estabelecimentos inscritos.

Para a vice-presidente do Sinepe, Esther Cristina Pereira, muitas escolas ainda não estão preparadas para receber esses alunos. "Foi uma forma de apoio que o Sindicato encontrou, porque as escolas tendem a fugir de sua responsabilidade nesse tema. E muitas ainda não estão preparadas para receber esses estudantes", diz Esther.

Na avaliação de Jarci Maria Machado, coordenadora do Centro Estadual de Avaliação e Orientação Pedagógica do Departamento de Educação Especial e Inclusão do Paraná, muitos professores ainda desconhecem as formas de desenvolvimento da aprendizagem de alunos com deficiência. "Conhecer o aluno e seu desenvolvimento é essencial. Com isso, percebe-se as necessidades especiais e as características, o que auxilia na educação", afirma.

Em casos especiais, a escola regular pode servir apenas como forma de interação social do portador de deficiência, pois há dificuldade em acompanhar o rendimento da turma. Para oferecer uma educação mais apropriada, é preciso matricular o estudante em uma escola específica no contraturno. "Aos pais, cabe observar qual é o clima entre os estudantes e a infra-estrutura oferecida, entre outras coisas. É preciso aceitar as limitações do filho e, em alguns casos, procurar uma escola especial", defende Esther Pereira.

Preconceito

Além das limitações existentes, muitos estudantes com deficiência enfrentam um preconceito sutil por parte de pais de outros alunos. Segundo Esther Pereira, a principal dúvida dos pais é se a turma não terá defasagem de conhecimento pela presença do aluno deficiente. "Em determinado momento, isso invariavelmente acontece. A turma, de modo geral, tem o desenvolvimento normal, e a criança portadora de deficiência aprende no seu tempo", esclarece.

Já entre as crianças não há discriminação. Segundo Esther, os alunos criam uma espécie de comunidade que tenta suprir as carências de seus integrantes. "Elas são uns anjos. Verbalizam as dificuldades que os outros enfrentam, oferecendo apoio para melhorar o desempenho", afirma.

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Programação

Hoje: "Síndrome da Privação Cultural", com Marcos Meier.

Amanhã: "Fonoaudiologia e Educação Inclusiva sob o viés das políticas públicas", com Lênia Luz Nogueira.

Sexta-feira: "Dificuldades de Aprendizagem e Inclusão – Um Olhar Sistêmico", com Eliana Abdala.

Informações: 3078-6933. As palestras são realizadas no Sinepe (Rua Guararapes, 2028) e custam R$ 50.

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