Foz do Iguaçu - Um escrivão da Polícia Civil confessou ter furtado 20 quilos de crack do depósito da 4.ª Delegacia de Polícia (DP), em Foz do Iguaçu. A droga, apreendida em fevereiro, estaria avaliada em R$ 150 mil. O servidor afirmou ter recebido a ajuda de um ex-estagiário. Os dois estão presos desde quarta-feira sob acusação de furto. Os nomes não foram divulgados. Além do afastamento da função pública, a pena para este tipo de crime pode variar de cinco a 15 anos de prisão.
Segundo o delegado chefe da Polícia Civil na região, Alexandre Macorin, as investigações começaram há uma semana, quando uma fiscalização na delegacia do bairro de Três Lagoas constatou que havia algo de errado com a droga. Ao verificar os tabletes de crack apreendidos, os policiais perceberam que, apesar do mesmo tamanho e volume, as embalagens tinham pesos diferentes.
Uma revista mais minuciosa revelou que no lugar da droga estavam apenas embalagens com sabão e pedaços de madeira. Segundo o delegado, à primeira vista, olhando os tabletes onde o crack deveria estar acondicionado, não se percebia nada de estranho ou diferente. Com a perícia, ficou constatado que não havia mais nenhum entorpecente nas embalagens.
Confissão
Em depoimento, o escrivão, que está há 15 anos na polícia, admitiu que retirou a droga do depósito da delegacia e a entregou ao ex-estagiário, que o teria convencido de que a façanha seria lucrativa. O policial diz que ficou arrependido e no mesmo dia teria exigido a droga de volta. Ignorando que o conteúdo já havia sido alterado, disse ter devolvido os pacotes ao depósito sem desconfiar de nada.
Ainda de acordo com o delegado, apesar de testemunhas afirmarem ter visto os dois suspeitos no mesmo dia entrando e saindo do local, o ex-estagiário nega participação no crime. Macorin informou que irá recomendar a instalação de câmeras nas delegacias.
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