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Posição otimista de Ana Seres, nova secretária da Educação, na quinta-feira não  se transformou em avanço nas negociações. | Arnaldo Alvez/ANPr
Posição otimista de Ana Seres, nova secretária da Educação, na quinta-feira não se transformou em avanço nas negociações.| Foto: Arnaldo Alvez/ANPr

O governo do Paraná ainda não sabe qual índice de reajuste salarial será proposto aos professores em greve e ao demais servidores. Reunidos na noite de quinta-feira (7), o secretariado não bateu o martelo sobre a data-base, frustrando a expectativa da APP-Sindicato, entidade que representa os educadores, e da própria secretária da Educação, Ana Seres Comim, que na manhã do mesmo dia havia dito que pretendia acelerar as negociações para dar fim à greve.

enquanto isso,
em são paulo...

No mesmo dia em que a Justiça paulista considerou a greve dos professores do estado legal e negou o pedido do Executivo de descontar os dias parados, a categoria decidiu manter a mobilização. Segundo a Apeoesp (sindicato dos professores),reajuste salarial pedido por lá é de 75,33% – que seria o porcentual necessário para que os docentes tenham os ganhos equiparados a servidores de escolaridade semelhante. Aqui no Paraná, a categoria pede reajuste de 13,01% também pelo mesmo motivo.

Especialistas divergem sobre legalidade da greve

A Justiça Estadual ainda não decidiu sobre o recurso protocolado pela APP-Sindicato para derrubar a primeira decisão, do dia 27 de abril, que declarava a paralisação ilegal

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“Falamos para ela [Ana Seres] que estamos 24 horas por dia à disposição para receber uma proposta do governo e já convocar uma assembleia. Esperávamos até que pudesse surgir uma proposta ainda ontem [quinta-feira], mas até agora não houve nenhum contato, nada”, disse o secretário de comunicação da APP-Sindicato, Luiz Fernando Rodrigues, na sexta-feira (8).

Sobre a reunião do secretariado, a Casa Civil informou apenas que “não se chegou a uma conclusão sobre a data-base” e que a proposta deve ser divulgada “nos próximos dias”. Desde o último dia 5, quando uma assembleia dos professores aprovou a continuidade da greve, a data-base tornou-se a principal reivindicação.

Nomeada na quarta-feira (6) em substituição a Fernando Xavier, Ana Seres tentou retomar o diálogo com o sindicato no primeiro dia de trabalho. Uma reunião com representantes da entidade durou quase duas horas.

A reportagem apurou, contudo, que há setores do governo estadual resistentes à ideia de ceder no que diz respeito à data-base, alegando que a situação financeira do estado não permitiria avanços nesta pauta. No início da semana, em entrevista à Gazeta do Povo, a secretária de Administração e Previdência, Dinorah Nogara, sugeriu que não poderia garantir nem mesmo a correção inflacionária. “Eu estaria sendo precipitada. Estamos trabalhando com vários cenários”, resumiu ela na ocasião.

Uma reunião entre Dinorah e o Fórum Estadual dos Servidores está marcada para terça-feira (12), quando se espera uma posição sobre a data-base. APP-Sindicato só deve convocar uma assembleia antes desta reunião se houver outros sinais do Executivo. Neste sábado (9), a greve completa 13 dias. Entre fevereiro e março, foram 29 dias de paralisação.

Os professores desejam 13,01% de reajuste e dizem que não aceitarão menos que a correção da inflação em parcela única.

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