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Aos 61 anos, Antônio Carlos Messias mantém o hábito de separar o lixo: “Me sinto bem” | Albari Rosa/ Gazeta do Povo
Aos 61 anos, Antônio Carlos Messias mantém o hábito de separar o lixo: “Me sinto bem”| Foto: Albari Rosa/ Gazeta do Povo

Desafios

Você também pode ajudar a preservar o meio ambiente de Curitiba:

1. Exija a vistoria constante de toda a rede de esgoto da cidade para evitar ligações irregulares que poluem os rios de Curitiba.

2. Estimule a proteção de áreas verdes da cidade, a fim de aumentar o número de reservas particulares.

3. Incentive o plantio de árvores nas margens dos rios para diminuir os efeitos do assoreamento e o risco de enchentes.

4. Ajude a propagar campanhas de separação do lixo.

5. Envolva crianças em programas de educação ambiental.

Veja também

Das 1,6 mil toneladas de lixo produzidas diariamente em Curitiba e encaminhadas para o aterro sanitário, 35% teriam condições de serem reaproveitadas. A informação da Secretaria Municipal do Meio Ambiente mostra que o aumento do volume de resíduos – provocado também por um crescimento acelerado da população – gerou uma sobrecarga sobre o sistema de coleta e não foi acompanhado por programas de reciclagem. Agora, cidade e população precisam se mexer para não ficar no vácuo do "Lixo que não é Lixo".

Muita gente faz a sua parte e dá rumo certo ao que é reciclável. Antônio Carlos Messias, 61 anos, é um exemplo. "Sempre cuidei disso. Para mim é importante esse costume porque sei que ajuda o meio ambiente", diz. Entretanto, ele tem um estímulo a mais. Messias é catador de material reciclável e, desde 2000, vê a renda incrementada com o trabalho de coleta seletiva. "Hoje eu nem preciso tanto, já que tenho outro trabalho. Mas faço isso [separar o lixo que produz] porque gosto. Me sinto bem."

Hábito

A pedagoga Suelita Roc­­ker também aprendeu o quanto o hábito de reciclar pode transformar a vida de uma pessoa. Ao integrar o Instituto Lixo e Cidadania, responsável pela capacitação e formação educacional dos catadores, ela viu como é importante para a sociedade e para o meio ambiente o simples ato de separar e passou a disseminar a prática. "Hoje, quero que todo esse material chegue ao catador com uma boa condição para poder ser aproveitado corretamente", afirma.

André Rodrigues/Gazeta do Povo

Na luta pela Mata Atlântica

Curitiba possui hoje 64 m² por habitante de vegetação original de Mata Atlântica – o equivalente a 18% da área do município. Desse total, 70% pertencem a proprietários particulares, que têm no mercado de imóveis uma opção rentável. Criada em 2006, a Lei das RPPNs (reservas particulares do patrimônio natural) deu aos donos de áreas verdes a opção de transformar esses redutos em reservas ecológicas protegidas em troca de títulos de potencial construtivo. Teresinha Veraschi (foto), dona da Reserva Airumã e presidente da Associação de Protetores de Áreas Verdes de Curitiba e RMC, soube da lei em 2008 e decidiu abraçar a causa das RPPNs. "Em 2011, havia três reservas. Hoje, estamos com 12", conta. "A cidade ainda insiste em viver das glórias do passado. Porém, ela esquece que a situação atual é outra, bem diferente do que já foi", completa.

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