Pablo Hundi falou sobre espaços de inovação e empreendedorismo durante a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras| Foto: Henry Milléo / Agência de Notícias Gazeta do Povo

Inovação e empreendedorismo foram as palavras de ordem no segundo dia da Conferência Internacional de Cidades Inovadoras (Cici 2014). A manhã começou com o austríaco Pablo Hundi, representante da Impact Hub, comunidade internacional de negócios e projetos que promovem impacto positivo na sociedade. Hundi falou sobre espaços de inovação e empreendedorismo.

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Ecossistema de inovação designa a rede de espaços abertos, estimulantes e criativos que favorecem a inovação e o empreendedorismo através do fluxo de ideias. De acordo com Hundi, tanto espaços públicos quanto privados ainda mantém sua característica fundadora, voltada para a produção em série, e não para o compartilhamento de ideias e a convivência interpessoal. Esse cenário vem se transformando no âmbito privado, mas no público avança mais lentamente.

"Precisamos pensar nas cidades inteiras como espaço de inovação. O espaço público tem de proporcionar inovação, desenvolvimento e favorecer a convivência entre os cidadãos", explicou, destacando que testemunhamos uma mudança de padrão de comportamento, segundo a qual quem passa a pensar a cidade é justamente quem a vivencia cotidianamente e conhece suas demandas. O protagonismo passa a ser do usuário, e não mais de políticos e grandes empresários.

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"As pessoas possuem um conhecimento intuitivo sobre o que precisam para viver com mais qualidade e oportunidades. Mas precisam aprender a transformar esse conhecimento coletivo em prática", observou.

Fortalecer o ecossistema de empreendedorismo é um processo coletivo. Envolve conscientização social, mas também passa pelo entendimento das próprias prefeituras e governos estadual e federal de que é fundamental apoiar a inovação em todas as escalas: social, tecnológica e empresarial.

Legislação é obstáculo

Na avaliação de Hundi, o Brasil vive um momento de amadurecimento empreendedor: mais empresas estão investindo em pesquisas, em novas patentes e em start ups, mas o processo esbarra na complexa legislação trabalhista brasileira. "Aqui, pequenas e médias empresas são tratadas como qualquer grande empresa em termos trabalhistas, e isso gera um peso financeiro gigantesco, prejudicando o desenvolvimento e a inovação dos processos. Empresas com lógicas diferentes precisam de mecanismos de regulamentação e incentivos de investimentos diferentes", avaliou.

Como ponto positivo, Hundi destacou o programa federal Start Up Brasil, que oferece apoio financeiro para aceleradoras investirem em empresas de start up.

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