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| Foto: Ricardo Moraes/Reuters

"Celebro essa missa em intenção de todos os jovens do mundo", anunciou o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, ao abrir na noite desta terça-feira, 23, com uma missa solene a Jornada Mundial da Juventude. Centenas de bandeiras trazidas por delegações de 175 países se agitaram à luz dos holofotes que iluminavam o altar monumental na Praia de Copacabana, numa manifestação de euforia e entusiasmo que continuariam até o fim da cerimônia.

Em seguida, dom Orani enumerou os jovens que mais entravam em sua lembrança, das vítimas dos massacres da Candelária e de Vigário Geral, no Rio, a todos os jovens perseguidos, os exterminados pelo vício e pela exclusão, os jovens sem pátria e os marginalizados pela vida. Citava exemplos trágicos de sua cidade mas estendia as intenções da missa a todos os jovens do mundo.

"Celebro pelos jovens que permanecem firmes na fé, enfrentando todo tipo de provocação e pelos jovens que acreditam num mundo novo", disse ainda D. Orani, antes de pedir aos participantes da JMJ que sejam missionários para levar Cristo a todos os lugares, em suas comunidades, suas cidades e seus países.

A vocação missionária foi também a ênfase da homilia, na qual o arcebispo comentou os trechos das leituras que falavam do chamado feito por Deus a Samuel, ao apóstolo Paulo e ao evangelista Mateus. "Somos chamados a viver a fé nesse tempo plural de tantos questionamentos", disse d. Orani, sempre se dirigindo aos jovens.

Boa parte da homilia foi para dar boas vindas aos participantes da JMJ, mais de 350 mil inscritos. "Esta Cidade Maravilhosa tornou-se mais bela com a presença de vocês e vocês estão fazendo parte de nossas famílias", afirmou d. Orani. Ele lembrou o esforço que a arquidiocese fez para se preparar para a JMJ, desde que a cidade foi confirmada em 2011, em Madri, para ser sede das reunião. "O papa emérito Bento XVI (que confirmou a escolha do Rio) está nos seguindo pelos meios de comunicação e nos acompanhando com suas orações", informou.

Dom Orani ressaltou a coincidência de, 26 anos após a JMJ em Buenos Aires, a reunião voltar à América Latina com um papa latino-americano e argentino. "Nós acolhemos o papa Francisco nas ruas ontem (segunda-feira) e vamos acolhê-lo aqui, neste mesmo lugar, na quinta-feira." Com a celebração da JMJ e a presença do papa, continuou o arcebispo, "o Rio se tornou centro da Igreja viva e jovem".

"O mundo necessita de jovens como vocês", disse d. Orani, acrescentando que "este mar, a areia, a praia e a multidão, fazem lembrar o chamado que Jesus Cristo fez a Mateus. Os jovens aplaudiram.

Inicialmente o diretor de Comunicação da Jornada, padre Márcio Queiroz, disse que estimava em mais de 500 mil presentes, mas não arriscou um número. Ao final da missa, os organizadores chegaram a falar em 1 milhão de pessoas. A PM, no entanto, estimou o público em 500 mil.

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