Assim que o Fiat Idea que levava o papa Francisco deixou a comunidade de Varginha, moradores ficaram nas ruas para comentar e comemorar a passagem do pontífice no local. Quem tinha estado perto do papa era considerado uma relíquia.
"Ele me abençoou e me deu um terço", disse Francisca das Chagas, de 40 anos, deficiente física desde a infância, que estava dentro da capela visitada por Francisco. "Fiquei muito nervosa, mas ele me acalmou e sorriu. Foi o céu", completou.
O coroinha João Carlos de Oliveira, 14 anos, disse que estava com frio na barriga até a chegada do papa. "De repente esqueci que estava chovendo e ficamos lá com ele, à vontade. Já estou com saudades", afirmou.
A comerciante Maria da Conceição Luiz, de 28 anos, que teve o marido assassinado na favela em 2003, não disfarçava as lágrimas. Para ela, o mais impressionante era ver Francisco andando entre eles como "mais um", sem "nenhuma formalidade", uma "pessoa do povo". "Todos nós precisávamos dessa bênção", concluiu.
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