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Apesar do frio atípico e dos problemas no metrô do Rio, milhares de jovens participaram da celebração de abertura da Jornada Mundial: testemunho de fé | Edmar Melo/Estadão Conteúdo
Apesar do frio atípico e dos problemas no metrô do Rio, milhares de jovens participaram da celebração de abertura da Jornada Mundial: testemunho de fé| Foto: Edmar Melo/Estadão Conteúdo

Problemas

Curitibanos quase perdem missa por causa do metrô

Denise Drechsel, enviada especial

Um grupo de Curitiba com 140 pessoas, que seguia para a Missa de abertura em Copacabana, ontem, quase não conseguiu assistir à missa por causa de problemas nas linhas 1 e 2 do metrô do Rio. A primeira informação era a de que um cabo de energia teria se rompido perto da estação Uruguaiana, no centro da cidade. Os paranaenses ficaram retidos na estação central.

"As autoridades locais nos disseram que havia uma pane no sistema de transporte e não poderíamos prosseguir", disse o Padre Celso Vieira da Cruz, da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Curitiba. Mesmo assim, o grupo não desistiu, se dividiu e seguiu para Copacabana de ônibus e a pé e conseguiu chegar a tempo. "Nos próximos dias, estaremos mais perto de Copacabana e poderemos assistir com tranquilidade os atos com o papa a partir de quinta", completou.

Outros tiveram mais sorte, como os jovens do Grupo Marista. "Estamos aqui desde a semana passada e viemos cedo para Copacabana", conta Gustavo Perotta, 22 anos, estudante de engenharia civil da PUCPR. A expectativa é grande, principalmente para ver o papa Francisco nos próximos dias. "Como somos voluntários, ontem não pudemos ver o papa nas ruas para atender aos peregrinos, mas o sacrifício vale a pena, ainda mais porque o papa fará um encontro só com os voluntários no final. Esperamos ansiosos", finalizou.

Pane

Ontem, o metrô do Rio de Janeiro ficou cerca de duas horas sem funcionar – das 16h19 às 18h32. O rompimento de um cabo de energia paralisou todo o sistema. Inicialmente, foram afetadas as estações da zona norte até a Cinelândia, no centro, mas depois todo o sistema precisou ser desligado. De acordo com a concessionária do serviço na cidade, a falha não teve relação com o fluxo intenso de passageiros. Desde cedo, o metrô circulou com trens superlotados de jovens que se dirigiam à Copacabana.

  • Jovens do Grupo Marista estão há uma semana no Rio de Janeiro trabalhando na JMJ como voluntários

"Celebro essa missa em intenção de todos os jovens do mundo", anunciou o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, ao abrir a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), na noite de ontem, com uma missa solene. Centenas de bandeiras trazidas por delegações de 175 países se agitaram à luz dos holofotes que iluminavam o altar monumental na Praia de Copacabana, numa manifestação de euforia e entusiasmo que continuariam até o fim da cerimônia.

Em seguida, dom Orani enumerou os jovens que mais entravam em sua lembrança, das vítimas dos massacres da Candelária e de Vigário Geral, no Rio, a todos os jovens perseguidos, os exterminados pelo vício e pela exclusão, os jovens sem pátria e os marginalizados pela vida. Citava exemplos trágicos de sua cidade, mas estendia as intenções da missa a todos os jovens do mundo.

"Celebro pelos jovens que permanecem firmes na fé, enfrentando todo tipo de provocação e pelos jovens que acreditam num mundo novo", disse, antes de pedir aos participantes da JMJ que sejam missionários para levar Cristo a todos os lugares, em suas comunidades, suas cidades e seus países.

A vocação missionária foi também a ênfase da homilia, na qual o arcebispo comentou os trechos das leituras que falavam do chamado feito por Deus a Samuel, ao apóstolo Paulo e ao evangelista Mateus. "Somos chamados a viver a fé nesse tempo plural de tantos questionamentos", disse dom Orani, sempre se dirigindo aos jovens.

Boa parte da homilia foi para dar boas vindas aos participantes da JMJ, mais de 350 mil inscritos. "Esta Cidade Maravilhosa tornou-se mais bela com a presença de vocês e vocês estão fazendo parte de nossas famílias", afirmou o arcebispo. Ele lembrou o esforço que a Arquidiocese fez para se preparar para a JMJ, desde que a cidade foi confirmada em 2011, em Madri, para ser sede das reunião. "O papa emérito Bento XVI [que confirmou a escolha do Rio] está nos seguindo pelos meios de comunicação e nos acompanhando com suas orações", informou.

Dom Orani ressaltou a coincidência de, 26 anos após a JMJ em Buenos Aires, a reunião voltar à América Latina com um papa latino-americano e argentino. "O mundo necessita de jovens como vocês", disse dom Orani, acrescentando que "este mar, a areia, a praia e a multidão, fazem lembrar o chamado que Jesus Cristo fez a Mateus". Os jovens aplaudiram.

Público

Inicialmente o diretor de Comunicação da Jornada, padre Márcio Queiroz, disse que estimava em mais de 500 mil presentes, mas não arriscou um número. Ao final da missa, os organizadores chegaram a falar em 1 milhão de pessoas. A PM estimou em 500 mil.

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