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Marinho fez fama com seu peixe na folha de bananeira | Daniel Castellano/ Gazeta do Povo
Marinho fez fama com seu peixe na folha de bananeira| Foto: Daniel Castellano/ Gazeta do Povo

Dono de um restaurante na beira do Rio Tagaçaba, Marinho Batista Rosa, 58 anos, sempre lamentou o baixo aproveitamento do potencial e da exuberância da região para o turismo. "Apesar das inúmeras possibilidades, não tínhamos a estrutura necessária para atender os visitantes", reclama. O isolamento foi vencido com a criação da Cooperativa de Ecoturismo de Guaraqueçaba (Cooperguará Ecotur), da qual Marinho é um dos fundadores. Por meio da Cooperguará, a fama do peixe na folha de bananeira da Palhoça do Marinho extrapolou os limites de Tagaçaba. As visitas ficaram mais frequentes e os turistas, numerosos.

A geração de renda para as famílias que vivem na APA de Guaraqueçaba é o principal objetivo da cooperativa, de acordo com Sueli Alves dos Santos, secretária-geral da Cooperguará. Trabalhando diretamente com os produtores, ela acredita que o envolvimento dos 24 cooperados tem feito a diferença para o fortalecimento do ecoturismo na região, e a expectativa é de que esse número aumente com a consolidação da cooperativa. "Os roteiros comercializados pela Cooperguará colocam o turista em contato direto com o produtor e com produtos frescos e orgânicos", diz.

O diferencial de pertencer a uma cooperativa é que as oportunidades e o lucro são divididos entre todos os cooperados, afirma Janete Rodrigues Miranda, da Pousada Ecológica Araribá, em Tagaçaba. Janete diz que quando os turistas chegam por meio da cooperativa a ordem é repartir as atividades: a estada fica por conta da pousada e as refeições são feitas no restaurante do amigo Marinho. Para Janete, o turista que vem a Guaraqueçaba não procura sofisticação, mas qualidade e conforto para usufruir do contato direto com a natureza. Clóvis Borges, diretor-executivo da Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), acredita no ecoturismo de base comunitária como uma das maiores oportunidades para o desenvolvimento local. "Só as unidades de conservação que estão abandonadas na APA de Guaraqueçaba possuem potencial para a geração de mais de 500 empregos relacionados ao ecoturismo", enfatiza.

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