Especialistas em mobilidade urbana reprovam a forma como a prefeitura de Curitiba vem conduzindo o processo de licenciamento ambiental prévio do metrô. Para eles, o fato de a prefeitura ter escolhido o período entre os meses de dezembro e janeiro para dar início ao processo de licenciamento ambiental e a inoperância do Conselho Municipal de Transportes são prejudiciais.
"Algo tão importante deveria ser objeto de uma ampla discussão. Mas o momento [período de férias] é inoportuno. Foi igual com a licitação do transporte [coletivo]", argumenta o engenheiro civil Roberto Ghidini, especialista em mobilidade urbana. Ele defende um debate com prazo de 90 dias, em duas etapas: uma envolvendo a sociedade e outra com representantes de entidades como o Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) e o Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-PR).
Para André Caon Lima, presidente da Sociedade Peatonal, ONG especializada em mobilidade, outro problema é a inoperância do Conselho Municipal do Transporte, que deveria representar a população nesse tipo de discussão. "O Conselho, que seria a estrutura formalizada pelo governo municipal para exercer o controle social do empreendimento, não tomou iniciativa até agora", diz Lima.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o presidente da Urbs (empresa de economia mista que gerencia o transporte na capital) e presidente do Conselho Municial de Transporte, Marcos Isfer, informou que o EIA-Rima ainda não foi analisado e que os conselheiros avaliarão o documento em reunião no início de fevereiro.
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