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A Secretaria de Estado da Segu­rança Pública afirmou ontem pela primeira vez, em resposta enviada por e-mail pela assessoria de comunicação, que informações divulgadas pelo Instituto Médico-Legal (IML) têm valor estatístico. "Obviamente que os dados do IML são usados para elaboração de estatísticas, isso não está em discussão", diz trecho da nota. Um posicionamento diferente do adotado frequentemente, que deixava de comentar informações que tinham origem no IML e não na base oficial de Geoprocessamento da Sesp.

Especialistas lembram que a metodologia usada pela Gazeta do Povo tem validade. Para o ex-secretário de Segurança Pública de Minas Gerais, Luís Flávio Sapori, professor de Ciências Sociais, os dados do IML continuam sendo os principais índices para se traçar a violência. Ele afirma que diversos especialistas brasileiros usam esse tipo de informação em seus métodos. O sociólogo Julio Jacobo Waiselfisf, autor do Mapa da Violência, também reitera que os dados podem e devem ser usados. "São dados que todos os estados deveriam usar", diz.

Metodologia

A contagem feita pela Gazeta do Povo tem como base relatórios diários do IML. São contabilizadas apenas vítimas de mortes por agressão, arma branca e tiro. As restantes são descartadas. Contudo, há casos em que existe a subnotificação de informações. Uma pequena margem de erro deve ser destacada pelo fato de casos de suicídio não serem explícitos nos boletins do IML. Desde 2008, as informações são contabilizadas pela reportagem.

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