Especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo divergem em relação ao projeto do metrô de Curitiba. Para Nivaldo Almeida Neto, vice-presidente do Instituto de Engenharia do Paraná, o projeto é bom por não prever grande profundidade e utilizar um traçado de domínio público. "Ele segue as canaletas do ônibus expresso, que estão liberadas", afirma. Para Almeida Neto, o prazo de três ou quatro anos é viável. "Uma obra como essa não se concentra em um local só, como um prédio. Pode-se fazer uma concorrência dividindo a obra em tantos lotes quantos forem necessários."
Já o presidente do Sindicato dos Engenheiros do Paraná, Valter Fanini, acha que a falta de definição por parte do Ippuc pode atrasar a obra. "O Ippuc está muito titubeante, trabalhando em projetos básicos, não definitivos", afirma. Ele acha que, na área mais ao sul do traçado, será mais fácil concluir a obra. "Mas o norte tem uma topografia mais acidentada, passa em várzeas e áreas de nascentes de rio."
Para Gilberto Piva, vice-presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Paraná (Crea-PR), mais importante que discutir prazos é utilizar a oportunidade gerada pela Copa. "Com a capacidade de aporte de recursos da prefeitura de Curitiba, levaríamos 100 anos para construir um metrô", comenta. Especificamente para o Mundial, ele considera intervenções no Aeroporto Afonso Pena mais importantes que o metrô.
O diretor do curso de Arquitetura e Urbanismo da Pontifícia Universidade Católica, Carlos Hardt, acha difícil fazer qualquer previsão. "É uma obra complexa, sujeita a contratempos. São vários sistemas construtivos, mas me parece que na maior parte o sistema escolhido ganha em agilidade, porque não exige tanta escavação", diz.
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