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O conteúdo dos cursos de Direção Defensiva e Primeiros Socorros divide a opinião de especialistas. Para o consultor de trânsito Luiz Arthur Monte Ribeiro, a abordagem deveria ser diferente no caso da Direção Defensiva. "A prova é mal-elaborada. As questões deveriam ser refeitas, dentro de um conceito pós-construtivista", diz ele, que critica principalmente a obviedade de certas questões. "Uma nova abordagem deveria levar as pessoas a pensar."

Outro especialista no assunto, o advogado e professor de Direito do Trânsito Marcelo Araújo, acha temeroso difundir muitas informações sobre primeiros socorros. "Acho que é um risco muito grande preparar pessoas que vão se sentir confiantes, atitude que pode ser arriscada", afirma. "Em uma simulação feita em Interlagos (SP), dez pessoas fizeram coisas que resultariam no agravamento da situação ou que levariam à morte."

O consultor em segurança no trânsito João Pedro Corrêa, 62 anos, escapou da obrigatoriedade estipulada pelas resoluções do Contran. Ele renovou ontem a carteira de habilitação, mas diz que não veria problemas em freqüentar os cursos. "Minha renovação já estava marcada, eu não teria problema nenhum se tivesse de fazer os cursos. Sempre tem alguma coisa que a gente capta."

Primeiro mundo

Corrêa já esteve na Suécia e nos Estados Unidos e para ele há uma diferença cultural em relação ao Brasil quando o assunto é trânsito. "Eles têm uma cultura de segurança que nós não temos", afirma "Na Suécia o recém-nascido já sai do hospital em um moisés, seguro no banco de trás. No Brasil é diferente. Se uma pessoa não tem cuidado com as coisas de seu dia-a-dia, em sua casa, por que terá preocupação com o carro da frente ou em sinalizar na hora de virar?", questiona. (JML)

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