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Londrina - Os pacientes com suspeita de dengue estão tendo de esperar até 6 horas para conseguir atendimento médico nas unidades básicas de saúde de Londrina, no Norte do estado. A cidade já tem 146 casos confirmados, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), mas faltam médicos na rede pública de saúde, o que fez aumentar a procura nos postos. Para evitar um colapso, o prefeito Barbosa Neto anunciou ontem um pacote de medidas para combater a dengue, entre elas a contratação de 19 mil horas de atendimento.

A gravidade da situação fez com que o prefeito decretasse estado de emergência na cidade na noite de segunda-feira. Em entrevista coletiva ontem, ele disse que a prefeitura vai licitar cerca de 19 mil horas de atendimento nas áreas de clínica geral, pediatria e ginecologia. Serão contratadas clínicas particulares para prestar atendimento aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O serviço terá um custo de R$ 10 milhões e os recursos serão remanejados dentro do orçamento do município.

De acordo com o prefeito, outros R$ 11,5 milhões serão investidos na informatização da rede de saúde na cidade. O projeto prevê ainda a contratação de 60 profissionais de saúde para completar o quadro de funcionários dos Pronto Atendimentos Municiais. O custo anual da medida será de R$ 3 milhões.

Monitoramento

As ações de combate à dengue anunciadas por Barbosa Neto incluem a criação de uma sala para monitorar os casos de dengue em Londrina. O funcionamento segue o modelo da sala criada pela Sesa. A intenção é monitorar os casos 24 horas por dia. A sala será instalada no local onde anteriormente funcionava a Secretaria Municipal de Educação, no 2.º andar do prédio da prefeitura.

A Guarda Municipal também vai ajudar no combate à doença. Cerca de 250 servidores vão auxiliar no trabalho dos agentes comunitários de saúde, caso seja necessária a entrada destes em algum imóvel onde haja o foco da dengue. O ingresso nos imóveis, sem a necessidade de autorização do proprietário, é uma das premissas do decreto de emergência assinado pelo prefeito.

Serão criadas também quatro novas unidades de saúde referenciais para o atendimento da dengue: Maria Cecília, na região Norte da cidade; União da Vitória, na região Sul; Marabá, na região Leste; e Leonor, na região Oeste. Em todo o Paraná, a Sesa confirmou 390 casos de dengue até o dia 28 de janeiro.

Sem pediatras

Ontem pela manhã, moradores do Jardim Leonor fizeram um protesto contra a falta de médicos no posto de saúde do bairro. A unidade não terá mais médicos pediatras, que foram deslocados para o Pronto Atendimento Infantil. A decisão foi tomada pela Secretaria Municipal de Saúde. Barbosa Neto disse que, com a pareceria público-privada, espera resolver o problema em até cinco dias. Segundo moradores da região, há pelo menos dois anos faltam médicos e medicamentos no posto. A unidade já chegou a ser fechada por falta de estrutura.

Uma reunião realizada na noite de segunda-feira, na sede da Associação Médica de Londrina, tratou da falta de profissionais na rede municipal de saúde. Os médicos que trabalham nos postos de saúde dizem que estão trabalhando no limite e cobram uma solução da Secretaria Municipal de Saúde. A falta de médicos nos postos de saúde de Londrina vem sendo denunciada em uma série de reportagens pela RPC TV.

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