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Já dura quase uma semana a presença de espuma no Rio Iguaçu, na estrada de acesso ao Zoológico de Curitiba. De acordo com o diretor de Estudos e Padrões Ambientais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Celso Bittencourt, a espuma branca é proveniente de esgoto doméstico que está sendo lançado de maneira irregular na região. Segundo Bittencourt, não há previsão de quando o material irá se dissipar, pois isso depende das condições climáticas.

Bittencourt explica que este tipo de ocorrência é freqüente naquela região do Rio Iguaçu e se deve a detergentes presentes no esgoto. "Devido às chuvas, o esgoto é transportado por córregos e lá há uma pequena queda d’água que agita e forma a espuma", diz o diretor do IAP.

Até o dia 17 deve ficar pronta a análise da coleta feita no local pelo IAP, na quinta-feira passada. Na ocasião, a espuma media cerca de três metros de altura e ocupava uma área de aproximadamente 20 metros quadrados (equivalente a uma sala-de-estar de um pequeno apartamento). "Fizemos a coleta para verificar se além do esgoto não estaria vindo algum outro tipo de substância", afirma.

O diretor do IAP ainda explica que um dos maiores perigos para a população é que o local onde se formou a espuma fica próximo às cavas do Iguaçu. "Verificando esse fenômeno constatamos que todas elas estão contaminadas com fezes e a orientação é de que as pessoas não tomem banho nessas águas e nem consumam peixes que vivem nas cavas", alerta.

Regularização

Segundo Bittencourt, o IAP vai trabalhar em conjunto com a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) para identificar os locais que estão despejando o esgoto clandestino. "Depois repassaremos para a prefeitura, que é a responsável legal pela fiscalização das ligações na rede coletora de esgoto. Se não há a rede, a lei determina que é necessário a destinação de um tratamento alternativo, como as fossas sépticas", diz. A diretoria de Meio Ambiente da Sanepar não confirmou estar participando dessa identificação.

De acordo com o superintendente de Controle Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente de Curitiba, Mário Sérgio Rasera, já foi identificado que a contaminação é proveniente da Vila Pantanal, uma área de invasão que fica próxima ao local, onde residem 800 famílias. "No início dessa gestão fizemos um diagnóstico dessa situação", diz.

Rasera ainda informou que a área de invasão fica em área de propriedade particular e que existe um projeto de regularização na Companhia Habitacional Popular de Curitiba (Cohab). "Está na fase de negociação de recursos e busca de financiamentos", diz. O valor aproximado para a regularização da área, segundo ele, fica em torno de US$ 2,5 mil.

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