A espuma utilizada no revestimento acústico da boate Kiss, em Santa Maria (RS), apontada por peritos como um dos pontos fundamentais para a tragédia, foi comprada em uma loja de colchões da cidade. A informação foi obtida com o comerciante dono da loja.
Segundo ele, o material era comprado diretamente da fábrica, depois de ser encomendado pelos responsáveis pela obra na casa noturna. Isso comprovaria que a reforma no local foi realizada sem supervisão técnica especializada.
Já em Porto Alegre, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS) elaborou um relatório, após inspeção na boate, no qual aponta uma sucessão de erros técnicos como causa do acidente, que já vitimou 237 pessoas e mantém outras 97 internadas. Os engenheiros ressaltaram a ausência de profissionais qualificados para a elaboração de planos de prevenção de incêndio.
O uso de material de revestimento acústico inflamável associado ao espetáculo pirotécnico foram as principais causas do incêndio. Além disso, o Crea criticou a precária sinalização interna, a falha dos extintores, a superlotação do local e a dificuldade de deixar o local.
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