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Um esquema milionário de desvio de dinheiro de uma empresa de Coronel Vivida, Sudoeste do Paraná, é investigado pela Polícia Civil e foi divulgado nesta sexta-feira (8). A apuração, que começou há 15 dias, aponta que um funcionário de uma empresa de compra e venda de grãos da região teria desviado, nos últimos cinco anos, pelo menos R$ 7 milhões do caixa do estabelecimento.

A denúncia de que havia algo de errado com o funcionário foi feita por um sócio da empresa. O empregado atuava como auxiliar administrativo, com um salário mensal de R$ 1 mil. Mesmo assim, o homem que teve o esquema descoberto, possui carros de luxo, fazendas e estava construindo uma mansão avaliada em R$ 1,4 milhão. Uma de suas contas bancárias possuía ainda uma quantia em dinheiro depositada próxima de R$ 1,4 milhão.

De acordo com o delegado que comanda as investigações, Ivonei Oscar da Silva, o esquema passou despercebido dos donos da empresa por tanto tempo devido a uma falha no sistema contábil utilizado. "Ele sacava o dinheiro e fazia de conta que não tinha saído da conta, era um dinheiro fantasma, ou seja, constava oficialmente no balanço, mas, na prática, era desviado", contou.

Silva disse que até agora foram identificados saques de até R$ 50 mil feitos de uma única vez. As manobras financeiras não eram notadas, conforme o delegado, porque a empresa tem uma grande movimentação de dinheiro diariamente. "Estamos levantando dados e há a possibilidade de que outros laranjas estejam envolvidos", compartilha o chefe das investigações.

Todos os bens em nome do funcionário investigado foram bloqueados pela polícia, mas o homem não foi preso. Ele deve continuar em liberdade pelo menos até que outros detalhes sejam esclarecidos, segundo o delegado. O inquérito deve ficar pronto em 15 dias, quando será encaminhado à justiça, que só então pode decidir por indiciar ou não o homem. Silva diz que o sujeito que teria desviado a soma milionária poderá responder pelos crimes de furto e abuso de confiança.

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