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A evolução | Reprodução/G1
A evolução| Foto: Reprodução/G1

Cidade registra mais 16 casos

Dezesseis casos de dengue foram confirmados ontem pela Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, somando 125 ocorrências da doença na cidade, neste ano. Entre os novos casos, apontou o levantamento, 14 são autóctones e 2 importados. O total de notificações já chega a 931, sendo 400 em andamento e 406 já descartados. Entre os 125 casos registrados até o momento, 94 pacientes contraíram a doença no município e 31 em outras cidades.

"A circulação do mosquito Aedes aegypti está se espalhando na cidade. Por hora, não existe previsão de mudança no clima e vamos continuar com o Aedes se as pessoas não colaborarem", avaliou a gerente da Vigilância Epidemiológica, Sônia Fernandes. Além de manter o fumacê, nesta semana a prefeitura deverá intensificar as ações de combate, com a distribuição de panfletos e a realização de mutirões de limpeza. (SS)

Fiscalização do TCU sem data para iniciar

A fiscalização proposta pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na aplicação de recursos federais no combate à dengue, anunciada no último dia 7, não tem data prevista para começar. O projeto está em fase de planejamento, com o recolhimento de informações dos quatro estados que serão fiscalizados por terem registrado grande proliferação da doença: Mato Grosso do Sul, Tocantins, Piauí e Paraná. O objetivo do TCU é averiguar se houve negligência, omissão ou irregularidades na aplicação dos recursos federais neste estados.

A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) recebeu no ano de 2006 um total de R$ 4.026.360,26 do Teto Financeiro de Vigilância em Saúde, a principal fonte enviada pelo governo federal no combate à dengue. A informação é do Fundo Nacional de Saúde, que informou ainda que valores são definidos conforme população e área geográfica.

Na Região Sul, a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul foi a que mais recebeu no ano passado, com R$ 8.537.869,90. O estado notificou quatro casos de dengue desde o início de 2007, segundo dados do Ministério da Saúde do último dia 12. Santa Catarina, que contou com R$ 2.476.517,74, registrou 86 casos.

O Paraná, que lidera os números no Sul, é o quarto colocado no Brasil, atrás de Mato Grosso do Sul (40.187 casos), Mato Grosso (5.764) e Rio de Janeiro (4.196). Dos 3.815 casos notificados pelo Ministério da Saúde no Paraná, 2.514 foram confirmados ontem pela Sesa. Em 2006 foram 1.100 confirmações no estado.

Bruna Maestri Walter

Londrina – A Secretaria Municipal de Saúde de Londrina confirmou ontem a morte por dengue hemorrágica da pecuarista Maria Isabel Gil dos Reis, 58 anos. Ela morreu na madrugada da última segunda-feira, após ser internada no Hospital Mater Dei. As informações iniciais da secretaria dão conta de que esse seria um caso importado da doença. "Estamos fazendo um trabalho de investigação para saber em qual cidade ela contraiu dengue", disse a diretora de Saúde da Secretaria, Simone Garani Narciso. No Paraná, essa é a primeira morte do ano relacionada à dengue.

Segundo o filho de Maria Isabel, Evandro Gil dos Reis Filho, ela esteve em Paranavaí entre os dias 7 e 11 de março. No dia 11, a pecuarista viajou para Maringá, onde permaneceu até a última sexta-feira. Nesse dia, ela veio de mudança para Londrina, já recebendo o tratamento para dengue prescrito pelo médico que a atendeu na Santa Casa de Maringá. "O primeiro sintoma apareceu na terça-feira (dia 13). O médico diagnosticou a doença, ministrou soro e receitou o medicamento para dengue", contou Evandro Filho. "O quadro foi normal até o quarto dia, quando a doença evoluiu e apareceram os sinais de dengue hemorrágica."

Já em Londrina, com fortes dores abdominais e vômito, Maria Isabel foi internada, a doença evoluiu para um quadro mais grave e ela faleceu nas primeiras horas da última segunda-feira.

Segundo informações preliminares, a Secretaria Municipal de Saúde de Maringá não havia sido notificada do caso de Maria Isabel pela Santa Casa daquela cidade, o que é obrigatório. "A 17.ª Regional de Saúde está em contato com as regionais de Maringá e Paranavaí, que devem tomar as medidas adequadas", disse Simone Narciso. A reportagem não localizou a chefe da 17.ª Regional de Saúde, Wania Gutierrez.

Gravidade

Simone Narciso salientou a importância da conscientização da população sobre a gravidade da doença, mas afirmou que a confirmação de um caso de morte por dengue hemorrágica não significa aumento das chances de ocorrência desse tipo mais grave da dengue no município. "A secretaria já vinha tomando as medidas para evitar a dengue. A febre hemorrágica depende de uma resposta imunológica do indivíduo que adquiriu a doença."

"A tendência natural desde 2003 (ano em que a epidemia de dengue atingiu níveis alarmantes em Londrina) é ter mais casos graves. Mas em termos de controle do vetor, estamos fazendo tudo o que é possível. Não há nenhuma medida adicional em relação ao vírus e à forma de transmissão (tanto da dengue clássica quanto da hemorrágica)", declarou a gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Sônia Fernandes. Ela ressaltou ainda que é errônea a idéia de que a dengue hemorrágica só ocorre em pacientes que já contraíram dengue anteriormente. "A dengue pode ser hemorrágica no primeiro contágio", esclarece.

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