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São Paulo – Relatório da Polícia Federal aponta o esquema em Minas como o embrião do mensalão petista. Eduardo Azeredo, então governador, seria o principal beneficiário. A investigação apontou que R$ 5,17 milhões teriam saído de empresas estatais mineiras para o esquema paralelo de arrecadação de recursos liderado pela agência SMP&B, do empresário Marcos Valério.

O PSDB tem defendido a tese, no caso de Azeredo, de que não dá para indiciá-lo sem indiciar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como beneficiário do mensalão. Lula não foi citado no relatório final da Procuradoria-Geral da República. Além de Azeredo, a lista cita vários outros personagens, entre eles o ministro das Relações Institucionais, Walfrido Mares Guia.

"Eu só soube que havia participação da SMP&B ao fim da campanha, e não foi pela minha mão que ela participou. Quem mobilizou a agência do senhor Marcos Valério foi Clésio Andrade. A agência que nós contratamos foi a do Duda Mendonça", disse ontem Azeredo.

Um dia depois de ter dito que a campanha de 1998 era a mesma do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso à reeleição, Azeredo foi socorrido ontem por uma mobilização tucana em sua defesa. A ofensiva contou com o engajamento do governador José Serra, do ex-governador Geraldo Alckmin, do presidente do partido, senador Tasso Jereissati (CE), e do líder no Senado, Artur Virgílio (CE). "Não há mensalão mineiro nenhum", afirmou Serra, saindo em defesa do senador mineiro. "Eu quero dizer que o Azeredo é um homem íntegro, honesto, um grande caráter."

Alckmin fez questão de diferenciar o mensalão petista do caso mineiro. Para o ex-governador, o escândalo que envolveu políticos ligados ao governo Lula está ligado a corrupção e troca de apoio parlamentar por votos, enquanto o caso no qual estaria envolvido Azeredo tem características de caixa 2 de campanhas eleitorais.

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