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O advogado Ananias Cézar Teixeira disse à Gazeta do Povo que os e-mails trocados entre ele e Arival Junior eram encaminhados à Petrobras, que teria ciência da relação de ambos. Ele alega que mantinha comunicação porque Arival Junior seria representante do escritório da advogada Cristiane Uliana, acusada de participar das fraudes.

"Esses e-mails que eram trocados com ele [Arival], todos eles eram repassados à Petrobras. Ou seja, eu não tenho poder de decisão nem nunca tive. Sou terceirizado", disse. "Assuntos relevantes e decisórios, todos eles tinham que passar pela Petrobras. Eu não decido nada: se sai, se não sai, se paga, se não paga. Não sou eu que decido."

O advogado foi ouvido por telefone. Apesar de ter dado sua versão, ele disse que não poderia se manifestar por questões contratuais. A Gazeta do Povo decidiu publicar os argumentos dele pelo interesse público em questão.

Ananias considera normal a revisão das contas dos juros feita a um dos denunciados no esquema de corrupção. "Se ele errou no cálculo, eu tenho que dizer: você errou no cálculo. Não errem este cálculo, porque isso nos daria até mais trabalho ainda. Eu não seria louco de passar, por e-mail, algo contra o meu cliente."

O advogado classificou de "absurdo" a menção ao fato de ele partilhar dinheiro com o grupo denunciado. Mas disse que os "escrivães eram ávidos por dinheiro" e que descontavam os cheques referentes às custas processuais em espécie em um banco de Curitiba. "O que eles faziam lá dentro, se pegavam em dinheiro... mas o que eu tenho a ver com isso? Não é problema meu."

A Gazeta do Povo perguntou à Petrobras se a empresa teve acesso ou ciência da troca de e-mails entre Ananias e Arival Junior. A empresa respondeu que soube dessa possibilidade por meio da reportagem.

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