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A estiagem em Curitiba e região tem deixado à mostra a falta de cuidado da população com o lixo. Com o volume de água baixo, o lixo domiciliar jogado nos rios fica visível. Sacos plásticos, garrafas e até objetos maiores ficam expostos. Por mês, a prefeitura de Curitiba gasta R$ 54 mil na coleta de resíduos nos rios da cidade. A média é de 2 toneladas por dia, recolhidas pela equipe de limpeza de rios, chamada de Olho d’Água e que conta com 27 funcionários.

"Esse valor é muito alto para uma cidade como Curitiba, que conta com 100% de coleta de lixo", aponta a gerente de limpeza do Departamento de Limpeza Pública de Curitiba, Gisele dos Anjos. Além da coleta de lixo domiciliar, a prefeitura recolhe resíduos específicos, como restos de construção e material orgânico, como galhos de árvores, mediante solicitação pelos telefones 156 e 3338-8399.

O lixo que vai para os rios não é só das pessoas que jogam os dejetos diretamente nos leitos. Boa parte do volume que se acumula é resultado do descuido da população em geral. Conforme explica Gisele, quando os sacos não são fechados de forma adequada, dejetos são jogados no chão ou o lixo é colocado na rua em horário inadequado, é grande a probabilidade desses materiais irem para a tubulação. "O ideal é que o lixo seja posto na rua próximo do horário de recolhimento. Assim, o resíduo não corre risco de ser mexido por cães ou mesmo de ficar aberto por muito tempo."

Além disso, os resíduos podem atrapalhar o sistema de abastecimento de água. O gerente de produção da Sanepar, Paulo Raffo, explica que quanto maior a poluição na água, maior é a quantidade de produtos químicos para purificá-la. Como nos períodos após a estiagem a água chega às estações de tratamento mais suja (pelo acúmulo de matéria orgânica), o sistema pode até ser paralisado momentaneamente se o volume de sujeira for muito grande. (MXV)

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