Estradas

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Haverá mais pedágios na BR-116?

Lula – A duplicação do trecho da BR 116 entre São Paulo e Curitiba,conhecido como rodovia Régis Bittencourt, faz parte do Programa de Concessões Rodoviárias. Esse processo encontra-se paralisado por força do Tribunal de Contas da União (TCU), mas será retomado assim que as restrições forem superadas. O programa de concessões prevê sim a cobrança de pedágio pelas concessionárias. Mas, ao contrário do que ocorreu durante o governo Fernando Henrique Cardoso, a empresa que estabelecer o menor pedágio é que será contemplada com a concessão. No nosso plano, vencerá o leilão quem oferecer o menor preço de pedágio à população.

Alckmin – O que importa é debater com a sociedade as alternativas para garantir não somente o investimento para duplicação, mas também a forma mais adequada para manutenção dessa rodovia. Sem a manutenção a situação se agrava, tornando as futuras intervenções cada vez mais caras, redundando num verdadeiro desperdício do dinheiro do povo e prejuízos para os usuários. Mas como o estado tem recursos insuficientes, o Paraná irá decidir sobre a eventual opção pelo pedágio de manutenção, diga-se de passagem, mais barato que os pedágios que tem investimentos e mais justa socialmente porque onera quem utiliza as rodovias e não aqueles mais desfavorecidos. Quanto ao eventual andamento, ou não, do processo de licitação para pedagiamento, a resposta deve ser atual do presidente.

Ele pode, por exemplo, cancelar a licitação caso seja contra o pedágio.

Planos para as estradas federais no estado?

Lula – As que foram repassadas para administração do Estado e são pedagiadas devem continuar como estão. Quanto às outras, planejamos investir R$ 57,8 milhões este ano na recuperação e conservação de estradas paranaenses, incluindo os repasses para o estado.

Alckmin – A confiança e credibilidade em um governo parte do respeito à lei e aos compromissos assumidos. Por isso é fundamental respeitar os contratos, o que não significa abrir mão da possibilidade de dialogar e negociar sempre que a situação assim exigir. Isso funciona também para o governo do estado e as concessionárias, que devem fazer sua parte. Caso as obrigações de uma das partes não estejam sendo cumpridas ou existindo riscos à segurança dos usuários e a possibilidade de sucateamento das rodovias, as medidas cabíveis devem ser tomadas.

Fronteira

Como será o combate ao crime organizado?

Lula – A coordenação da campanha não propôs nada específico para o próximo mandato; apenas ressaltou o que foi feito durante o mandato do governo Lula, como a construção da Penitenciária de Catanduva, Oeste do estado.

Alckmin – No caso das fronteiras, o combate ao crime é atribuição federal. Criar a polícia de fronteira e garantir a liberação adequada de recursos para intensificar a vigilância dos pontos de contato com outros países são algumas medidas. As Forças Armadas participarão, nos limites da sua atribuição constitucional, deste esforço. Para isto, vamos capacitá-la com pessoal, material e equipamento e atuar forte nesta ameaça à segurança nacional. Não podemos esquecer da lavagem de dinheiro, do criminoso que freqüenta os salões da sociedade acobertado muitas vezes pelo próprio estado, que é eficiente e tecnologicamente avançado para cobrar impostos e "descobrir" movimentações financeiras suspeitas.

Qual é a proposta do candidato para resolver os problemas de terras dos brasiguaios?

Lula – Planejamos criar um escritório de representação local do Ministério de Relações Exteriores para oferecer assessoria jurídica nos casos de disputa de terras, a fim de garantir que os direitos dessa parcela da população sejam preservados no país vizinho. Também vamos implementar uma política diferenciada de saúde para a região da fronteira, pois temos conhecimento de que há uma procura muito grande pelos serviços de saúde pública brasileiros por parte dos "brasiguaios", e como eles não têm comprovante de residência no país, enfrentam dificuldades no atendimento.

Alckmin – Desenvolver uma política de parceria com os países vizinhos, objetivando a integração, preservando a soberania brasileira e proporcionando benefícios aos nossos cidadãos. Quanto aos brasiguaios, direcionaremos todos os esforços num entendimento com o governo paraguaio, buscando a regularização definitiva dos cidadãos.

Infra-estrutura

Estrutura ferroviária: algum projeto previsto para o Paraná?

Lula – Para o Paraná, estão previstos a construção de contornos ferroviários e o prolongamento de trecho de rebaixamento da Linha Férrea no município de Maringá. Pelo programa de Parcerias Público-Privadas, será construído um novo trecho ferroviário, a variante Guarapuava - Ipiranga, com 130 quilômetros de extensão. Ela vai substituir a atual, que apresenta sérias restrições operacionais, e aumentar a capacidade de ligação entre a região Oeste do Paraná e os portos de Paranaguá e São Francisco do Sul.

Alckmin – No âmbito ferroviário vamos dar atenção à ampliação da malha até o oeste paranaense, nova ligação com o litoral (Curitiba / Paranaguá), contorno ferroviário de Curitiba e em outras cidades, além da modernização do trecho Londrina / Maringá.