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Pesquisa mostra que rodovias pedagiadas apresentam melhores condições |
Pesquisa mostra que rodovias pedagiadas apresentam melhores condições| Foto:

No Paraná, 57,7% das rodovias estão em condições ótimas ou boas. Apesar do índice ultrapassar a média nacional, a situação do estado ainda é precária em vários trechos. De acordo com a pesquisa CNT de Rodovias 2010, divulgada na terça-feira pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com o Sest/Senat, dos 5.370 quilômetros de vias federais e estaduais avaliadas no Paraná, ao menos 15,9% estão ruins ou péssimos. Dos 90.945 quilômetros de estradas avaliados, os melhor índices estão no Sudoeste e os piores no Nordeste do país.Segundo o levantamento, que avaliou 39% das estradas paranaenses, três trechos foram classificados como péssimos: 11 quilômetros da PR-170 e 18 quilômetros da PR-180, ambos no Norte do estado, e 38 quilômetros da PR-468, no Oeste do Paraná. Entre as com maior média estão 152 quilômetros da PR-151, na Região Leste, e 18 quilômetros da PR-407, ligação da BR-277 com a PR-412, em Pontal do Paraná. A pesquisa levou em conta a média das notas obtidas nos quesitos qualidade do pavimento, sinalização e geografia da via, que inclui acostamentos e condições de pontes.

Apesar de estar entre as piores do estado, a PR-468 não apresenta problemas graves. "Fora a falta de acostamento, esta estrada é um tapete", aponta o agricultor Ronaldo Araújo, que há 15 anos vive em Boa Esperança e diariamente usa o trecho pavimentado de 13 quilômetros. Há três anos, lembra, foram tapados pequenos buracos. O agricultor Silvio Gasparelo, que mora há 53 anos em uma propriedade às margens da rodovia, conta também que poucas vezes presenciou acidentes. "O fluxo de veículos não é intenso e a estrada sempre esteve bem conservada."

Nacional

Na classificação geral, 14,7% dos trechos avaliados em todo o país foram considerados ótimos, 26,5% bons, 33,4% regulares, 17,4% ruins e 8% péssimos. Em relação à avaliação feita no ano passado, o panorama nacional também melhorou. Em 2009, 13,5% das rodovias foram consideradas ótimas, 17,5% boas, 45% regulares, 16,9% ruins e 7,1% péssimas.

Investimentos

A explicação para a leve melhoria estaria no aumento dos investimentos na infraestrutura de transporte rodoviário – modalidade que representa mais de 65% do setor e tem maior participação nos estados do Sul e do Sudeste do país. Segundo o presidente da CNT, Clésio Andrade, somente os recursos federais dispensados à melhoria das rodovias brasileiras chegam a R$ 27,7 bilhões desde 2007. No Paraná, a Secretaria de Estado do Trans­porte afirma ter aplicado mais de R$ 2,2 bilhões somente na conservação de 8 mil quilômetros de rodovias paranaenses nos últimos dez anos.

Quanto ao tipo de gestão, novamente as estradas mantidas por concessionárias obtiveram melhores notas que as de responsabilidade pública: 54,7% contra 7,1% consideradas ótimas. Dos 14,2 mil quilômetros de rodovias concedidas à iniciativa privada, 32,6% estão bons, 11,3%, regulares e 1,4% ruins e péssimos, índice quase 30 vezes maior em relação às rodovias mantidas pelo governo. Os dados para a pesquisa foram coletados por 15 equipes que percorreram as prin­­cipais rodovias brasileiras entre maio e junho deste ano.

Colaborou Dirceu Portugal, correspondente em Campo Mourão

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