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Alagamento no bairro Cajuru: vazão do Rio Atuba causou problemas em Curitiba | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Alagamento no bairro Cajuru: vazão do Rio Atuba causou problemas em Curitiba| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

São Paulo

Chuvas já mataram 29 em dezembro

Agência Estado

São Paulo e Sorocaba - Ao menos 29 pessoas morreram em consequência das chuvas no estado de São Paulo nos primeiros 17 dias de dezembro. Somente ontem, o temporal na Grande São Paulo fez seis vítimas. Esse número inclui duas vítimas em Osasco, embora a Defesa Civil estadual confirme apenas a morte de Júlia Fernanda de Souza Alves, 4 anos. O corpo foi encontrado após a casa onde ela morava desabar no Jardim Munhoz Júnior. A outra vítima é um homem de cerca de 50 anos que foi arrastado pela enxurrada provocada pelo alagamento em Rochdale. O prefeito Emidio de Souza (PT) anunciou ontem que vai decretar estado de emergência.

Cinquenta famílias que moram em áreas de risco estão sendo levadas para um abrigo municipal. A prefeitura calcula que mais de mil famílias perderam móveis e eletrodomésticos porque a água invadiu suas casas. Três delas desabaram.

Em apenas duas horas na última quarta-feira choveu em Osasco 128 milímetros, 70% do volume esperado para dezembro. Foi a maior chuva nos últimos cinco anos. Os temporais que atingiram a região de Sorocaba na quarta-feira causaram quatro mortes e destruíram casas e estradas.

  • A manicure Ivonete Gonçalves limpa a casa depois das chuvas: Tarumã foi bastante atingido

As fortes chuvas que caíram entre quarta-feira e ontem provocaram transtornos por todo o Paraná. De acordo com dados da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, foram registradas 43 quedas de árvore, 38 pontos de alagamento e seis situações de destelhamento de residências nas cidades de Curitiba, Pi­­nhais, Maringá, Ponta Grossa, Pa­­ranaguá, Cianorte, Irati e Andirá. Não houve registro de feridos, desalojados ou desabrigados.

Em Curitiba, a região mais prejudicada foi o bairro Tarumã. A Unida­­de Municipal de Saúde do bairro foi atingida e suspendeu os atendimentos ontem por tempo indeterminado. De acordo com a Secre­­taria Municipal de Saúde, funcionários fazem a limpeza do local e os pacientes estão sendo encaminhados para as unidades Bairro Alto e Higienópolis.

O alagamento atingiu 11 casas. Na manhã de ontem, moradores da área contabilizavam os prejuízos com as perdas de móveis e objetos por causa da água. A manicure Ivonete Gonçalves conseguiu suspender o sofá, mas teve geladeira, fogão e máquina de lavar molhados. Como a chuva não deu trégua ontem, ela não conseguiu secar os eletrodomésticos e ver se ainda estão funcionando.

As casas na Rua Rio Negro e na Rua José Veríssimo ficaram debaixo de 80 centímetros de água. O alagamento foi causado pela vazão do Rio Atuba, que passa pela região. No início da tarde de ontem a água tinha escoado, mas voltou a subir com o retorno da chuva. "Aqui alaga todo ano", protesta o porteiro Ronaldo Neoburguer.

Interior

Em Cianorte, no Noroeste, fo­­ram registradas cinco quedas de árvore, além de um alagamento e um destelhamento em residências. Em Paranaguá, no Litoral, foram cinco ocorrências de alagamento em casas e um destelhamento. Três pessoas tiveram de ser removidas temporariamente de suas residências até o nível da água baixar, mas todas já voltaram.

Na região de Ponta Grossa, fo­­ram registrados três casos de destelhamento de residências e três quedas de árvore, conforme dados da Defesa Civil. Os moradores afetados receberam lonas e ninguém precisou sair de casa.

Mais chuvas

Para amanhã, a previsão é de mais chuvas em grande parte do estado. "Entre a região de Curitiba e o Li­­toral, os dias devem começar mais nublados, o que impede a elevação das temperaturas e dificulta a formação de áreas de instabilidade", diz o meteorologista Fernando Mendes, do Simepar. "No entanto, não se descarta a possibilidade de temporais em outras regiões. Apenas não temos como dizer onde é que devem ocorrer".

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