Oito jovens, entre 14 e 18 anos, foram abordados por agentes da Guarda Municipal (GM) de Curitiba na manhã desta sexta-feira (9) depois de ligações de moradores da região do bairro Vila Izabel. "Os adolescentes estavam uniformizados e gazeando aula, mas não estavam usando substâncias ilícitas. Era apenas uma reunião de amigos", minimiza o diretor da GM, Claudio Frederico de Carvalho. Depois de orientados, foram encaminhados à escola onde deveriam estar desde o começo.
Esse tipo de operação é rotineira e uma importante ferramenta no combate ao uso de drogas pelos alunos da rede municipal de ensino. O Serviço de Proteção Escolar, nome oficial do procedimento, acontece desde 1990 e tem como principal objetivo informar os jovens. "Procuramos promover encontros que nos aproximem da comunidade. Ações como palestras, teatro de fantoches, a Guarda Mirim e o Cão Amigo têm essa função", explica Frederico.
A Polícia Militar (PM) tem uma atuação semelhante, mas focada na rede estadual. Há três fases de atuação: o policiamento ao redor das escolas, para identificar pessoas que possam influenciar os jovens a usar drogas; as conversas com a vizinhança, para evitar que bares e lanchonetes vendam álcool ou cigarros a estudantes; e o trabalho com os alunos, no qual os PMs mantêm diálogos com quem está ligado ao dia a dia das escolas, como professores, pais e funcionários. Há também o Programa de Resistência às Drogas (Proerd), que atua orientando jovens que estudam na 4ª e na 6ª séries.
Por mais que haja uma diferenciação de foco, as duas forças policiais dizem que trabalham em conjunto para garantir a segurança na região escolar. "Se os guardas virem algum caso emergencial próximo a uma escola estadual, por exemplo, é natural que vão intervir, e o contrário também acontece", comenta Frederico.
É importante que a população participe ativamente e colabore com as polícias. Para fazer denúncias, o telefone da GM é o 153, e o da PM é o 190.
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